Cetesb: 1 em cada 3 lixões no interior de SP está esgotado

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Por AE
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Um em cada três aterros de cidades com mais de 100 mil habitantes de São Paulo está com a vida útil esgotada. Dos 42 grandes depósitos municipais, 14 terão de encerrar as operações neste ou no próximo ano, de acordo com a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb). Na maioria dos casos, as prefeituras já tentam aprovar ampliação ou construção de outros lixões. Muitas recorrem a áreas privadas.Em Sorocaba, o lixão de 1985 já deveria estar desativado. A área, que recebe cerca de 500 toneladas de lixo por dia, fica entre o Retiro São João, bairro popular, e o Ibiti do Paço, condomínio de luxo. A prefeitura estuda ampliá-lo por dois anos, mas moradores reclamam. ?Está muito alto, pode desabar em cima da gente?, diz o pedreiro Ademir Nunes, de 51 anos, do Retiro.De acordo com o gerente da Área de Controle, Arunto Savastano Neto, novas tecnologias ampliam a vida de aterros. Mas o custo pode ser elevado. O lixão de Campinas esgotou a capacidade e foi ampliado. ?Os operadores querem alterar a cota para ganhar mais 18 meses .? Estudos geotécnicos serão feitos. A Cetesb aprovou a expansão do lixão de Limeira por um ano.Em Bauru, a prefeitura quer sobrepor uma camada no aterro esgotado para ampliar em quatro anos a vida útil. A prefeitura de Marília revitalizou o lixão e pode operar até o fim do ano. Foi aberta uma licitação. O lixão de Ourinhos, bem operado, fica próximo do aeroporto e não tem licença. Com aterros esgotados, Piracicaba e Ribeirão Preto mandam resíduos para lixões privados. O Ministério Público acompanha os casos por envolver saúde pública. O depósito de Bragança Paulista foi lacrado pela Justiça no início do mês e a prefeitura busca nova área. O MP mandou fechar o de Araraquara. O de São Carlos terá de ser desativado e o de Araras foi interditado. Presidente Prudente se comprometeu a acelerar novo aterro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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