Dívida mobiliária federal interna sobe 2,08%--Tesouro

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Por LUCIANA OTONI
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A dívida pública mobiliária federal interna subiu 2,08 por cento em fevereiro frente a janeiro, atingindo 1,760 trilhão de reais, informou o Tesouro Nacional nesta quinta-feira. No mês passado, o governo fez uma emissão líquida no valor de 19,06 bilhões de reais e a apropriação de juros foi de 16,81 bilhões de reais. O estoque da dívida pública federal, incluindo a dívida externa, subiu 1,94 por cento no mês, para 1,836 trilhão de reais. Em termos de composição, 37,72 por cento da dívida interna foram compostos por títulos prefixados, percentual maior do que os 35,17 por cento de janeiro. Os papéis indexados à inflação atingiram participação de 32,71 por cento, também superior aos 31,25 por cento de janeiro. A participação dos papéis prefixados e dos corrigidos pela inflação atingiu os maiores percentuais desde 1997, início da série histórica. O aumento da participação desses títulos e a diminuição da parcela dos papéis indexados à taxa flutuante decorreu da troca de pouco mais de 61 bilhões de reais em Letras Financeiras do Tesouro (LFTs) pertencentes a fundos do extramercado. Esses papéis foram substituídos por títulos prefixados e títulos corrigidos por índices de preços em uma operação concluída pelo Tesouro no final de fevereiro. Os fundos extramercados pertencem a estatais e fundos federais, como os Correios e o Fundo de Amparo ao Trabalhador. Os títulos corrigidos por taxas flutuantes (a maior parte taxa Selic) formaram 29,04 por cento da dívida em fevereiro, participação bem inferior aos 33,03 por cento de janeiro. Os papéis atrelados ao câmbio somaram 0,53 por cento do total, com ligeira queda frente à participação de 0,54 por cento em janeiro. INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS Por detentores, em fevereiro as instituições financeiras detinham 29,72 por cento do total da dívida mobiliária federal, com pequena queda em relação ao percentual de 29,85 por cento verificado em janeiro. Os fundos de investimento concentraram 27,84 por cento, acima dos 27,22 por cento de janeiro. Os investidores estrangeiros reduziram a participação no total geral, de 11,92 por cento em janeiro para 11,88 por cento em fevereiro. O governo, que em janeiro possuía 8,78 por cento da dívida em títulos federais, baixou a participação para 8,39 por cento no último mês.

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