
20 de agosto de 2012 | 11h50
Desde abril do ano passado, para evitar que pedaços do forro caiam sobre as cabeças dos fiéis, uma solução paliativa foi adotada: o interior da igreja ganhou uma estrutura metálica que dá sustentação ao teto, enquanto a sonhada reforma não vem. Mas isso acabou criando um problema colateral. "Temos de pagar R$ 6 mil por mês pelo aluguel dessa estrutura", conta o padre. "Não fosse por isso, já estaríamos com caixa para a reforma."
No ano passado, a Prefeitura bancou a recuperação das fachadas externas do templo - um custo de R$ 400 mil. O que seria uma ajuda, acabou maquiando a atual situação. Ao menos é assim que pensa padre Carlos. "As pessoas olham por fora e imaginam que a igreja está bonita, que não há problemas", explica. "É uma falsa impressão. Na minha opinião, foi um erro termos começado recuperando o lado externo. Seria melhor começar pelo mais urgente, pelo emergencial."
Para resolver os problemas das trincas, da pintura interior, dos vitrais, dos lustres, das instalações elétricas e do forro, o padre tem em mãos um orçamento de R$ 1,2 milhão, dividido em um cronograma de 24 meses de obras.
A história do endereço religioso remonta a 1580, quando o bandeirante Manuel Preto se instalou, com a família, na fazenda onde hoje é o bairro da Freguesia do Ó. Em 1610, eles construíram uma capela, bastante simples, para oração familiar. Os frequentadores do local foram aumentando até que, em 1796, a capela é transformada em paróquia. O bairro foi se formando ao redor dessa construção.
No fim do século 19, um incêndio destruiu essa primeira edificação. Foram quatro anos de obras até que a atual ficasse pronta, em 1901. A última restauração completa do templo data de 1995. A construção é protegida pelo órgão municipal de proteção ao patrimônio (Conpresp). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.