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Impostos sobre bens de consumo podem subir, diz ministro a jornal

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Por Redação
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O governo pode elevar os impostos sobre bens de consumo para compensar a alta de despesas como o reajuste nos benefícios do Bolsa Família, disse neste domingo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em entrevista ao jornal O Globo, afirmando que a meta de superávit primário é um compromisso "irreversível". A presidente Dilma Rousseff anunciou na semana passada a correção da tabela do Imposto de Renda, com impacto fiscal estimado em 5,3 bilhões de reais, e aumento de 10 por cento nos benefícios do Bolsa Família. Mas Mantega afirmou que o gasto com a elevação do benefício não é expressiva e será compensada com aumento da arrecadação ou redução de despesas. "Temos uma previsão de aumento de alguns tributos", disse o ministro ao jornal, acrescentando que "nada impede que, se for necessário, façamos algum corte adicional para que o fiscal seja cumprido na íntegra". Entre os impostos que podem subir estão uma alteração no PIS/Confins sobre importação, com o objetivo de equalizar o tributo do bem importado ao do bem produzido no Brasil, disse o ministro. O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) também pode subir em junho, acrescentou, mas ainda não há decisão. Na semana passada, a Receita Federal elevou para 2,25 por cento ante 1,3 por cento a estimativa de aumento dos preços de bebidas frias, categoria que inclui cervejas, refrigerantes, energéticos, isotônicos e refrescos. "Mas, na verdade, estamos trabalhando mais com contenção de gastos e estamos contando com a recuperação da arrecadação por conta da melhoria do crescimento econômico", afirmou Mantega. O ministro afirmou que o governo está olhando para as dificuldades do setor automotivo, mas não vê a necessidade de demissões no segmento. A intenção do governo é facilitar o crédito para exportação e incentivar um aumento do crédito no mercado doméstico. Segundo Mantega, o governo também está trabalhando num fundo garantidor para melhorar a segurança dos bancos de modo que eles se sintem mais à vontade para liberar o crédito. (Por Bruno Federowski e Juliana Schincariol)

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