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Investimento da Microsoft levará a boom de pesquisa no Rio-executivo

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Por Redação

A Microsoft vai investir 200 milhões de reais em um novo centro de pesquisa no Rio de Janeiro, disseram executivos nesta quarta-feira, ajudando os esforços do Brasil a gerar empregos no setor de alta tecnologia em uma economia há muito baseada em commodities e na indústria de base. O investimento ao longo dos três a quatro anos vai se concentrar no desenvolvimento de novas tecnologias de busca, de acordo com o executivo do mais alto escalão da Microsoft na América Latina, Hernan Rincon, e outros gestores numa coletiva de imprensa em Brasília. O centro de pesquisa --um dos quatro escritórios deste gênero no ano e o primeiro na América Latina-- integra esforços para renovar o distrito portuário do Rio de Janeiro antes das Olimpíadas de 2016, que ocorrerão na cidade. Há tempo sede de petroleiras e mineradoras, o Rio atraiu atenção recentemente por seu cenário nascente de startups ligadas à Internet, oferecendo a empreendedores acesso a sol, areia e capital inicial sem os engarrafamentos, a poluição e outros incômodos da capital econômica do Brasil, São Paulo. O investimento da Microsoft também reforça a crescente atração exercida pelo Rio sobre grandes multinacionais. A partir da década de 1980, muitos desprezaram a cidade à medida que o crime disparava, a infraestrutura urbana decaía e o governo se tornou caótico. A Cisco anunciou planos para um centro de pesquisa no Rio neste ano, juntando-se a instalações similares controlada pela General Electric, Halliburton, Baker Hughes e Schlumberger. Autoridades disseram que não concederam à Microsoft isenções fiscais para assegurar o investimento, mas a presidente Dilma Rousseff priorizou a geração de mais empregos no setor tecnológico brasileiro como uma maneira de incentivar inovação e produtividade. Após longas negociações sobre desonerações e outros benefícios, a taiuanesa Foxconn anunciou no mês passado que investirá 1 bilhão de reais para construir um novo complexo industral em São Paulo. A Foxconn é o nome comercial da Hon Hai, principal montadora de aparelhos da Apple. O Brasil obriga operadoras de telefonia móvel a construir novas redes com pelo menos 60 por cento de componentes nacionais, levando fabricantes de equipamentos a estabelecer fábricas locais. (Reportagem de Peter Murphy)

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