PUBLICIDADE

Japão deve lançar satélite de vigilância em setembro

O satélite faz parte de um programa iniciado em 2003, após testes com mísseis realizados pela Coréia do Norte

Por Agencia Estado
Atualização:

O Japão vai lançar um satélite de vigilância no começo de setembro, segundo anunciou a agência espacial do país nesta quarta-feira. O satélite, parte de um programa iniciado em 2003 devido a preocupações com os sigilosos programas nuclear e de mísseis da Coréia do Norte, será lançado pelo foguete desenvolvido domesticamente H2-A do Centro Espacial Tanegashima no sul do Japão, de acordo com a declaração da Jaxa. Esse seria o terceiro satélite de vigilância lançado pelo Japão. Os dois primeiros foram colocados em órbita em março de 2003. A Jaxa pretende lançar um quarto no final do ano. O programa, supervisionado pelo Conselho de Ministros, permitiria ao Japão analisar qualquer ponto do mundo. O programa de satélites de vigilância de Tóquio foi motivado pelo lançamento experimental surpresa feito de um míssil de longo alcance feito pela Coréia do Norte através da maior ilha do Japão em 1998. O plano original do governo era colocar um total de oito satélites de vigilância em órbita em 2006 para continuar vigiando o país, mas o número foi redimensionado para quatro. O programa multibilionário sofreu um grande retrocesso em novembro de 2003, quando um foguete carregando dois satélites espiões teve um problema e foi destruído durante o vôo. As autoridades dizem que os satélites não possuem o intuito de provocar a Coréia e que também seriam usados em outras missões como monitorar desastres naturais e padrões climáticos. Mas os críticos dizem que lançar satélites vai contra um política duradoura de conduzir apenas missões espaciais não-militares. Apesar de os satélites de vigilância do Japão não estarem sob controle militar, o partido governante do Japão propôs mais cedo neste ano que o exército pudesse usar o programa espacial do país. A proposta ainda precisa da aprovação do Parlamento. Desde 1969, o programa espacial do Japão foi limitado por uma resolução parlamentar para usos pacíficos. A nova proposta restringiria o uso militar do programa à autodefesa, disseram as autoridades.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.