Protesto pró-democracia reúne dezenas de milhares no Barein

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Por Redação
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Dezenas de milhares de barenitas participaram de manifestações na sexta-feira para exigir reformas democráticas, aumentando a pressão sobre o governo aliado dos Estados Unidos com o maior protesto até agora em um ano de levante. Eles começaram com uma marcha ao longo de uma rodovia perto de Manama atendendo a uma convocação do clérigo xiita xeique Isa Qassim, que pediu que as pessoas renovassem seus pedidos por mais democracia. Um blog exibiu imagens ao vivo dos manifestantes portando faixas criticando a "ditadura" e exigindo a libertação de presos. "Estamos aqui para o bem de nossas justas demandas, sobre as quais não podemos fazer concessões e nos aferramos a elas porque temos nos sacrificado por elas", disse o xeique Isa Qassim, antes da marcha em seu sermão semanal no vilarejo xiita de Diraz. Qassim e outros clérigos xiitas lideraram a marcha. "Esta é a maior manifestação do último ano. Eu diria que pode haver mais de 100 mil", disse um fotógrafo da Reuters depois que os manifestantes lotaram a principal rodovia de Budaiya, na área de Diraz e Saar, a oeste de Manama. Mais tarde, centenas de manifestantes se separaram da marcha e caminharam pela principal rodovia para Manama, em uma tentativa de voltar a uma rotatória ocupada por manifestantes durante um mês durante o levante do ano passado. Ativistas afirmaram que a polícia antichoque disparou gás lacrimogêneo e o Ministério do Interior disse que os manifestantes jogaram pedras. Pressionado pelos aliados do Ocidente para permitir a manifestação pacífica de dissensão, o governo autorizou novos protestos da oposição nos últimos meses. Uma declaração proveniente da corte real disse que uma pequena manifestação ocorrida na sexta-feira, reunindo algumas centenas de simpatizantes do governo, e a marcha de Qassim são sinais de maturidade democrática. "Os eventos do Encontro de Fateh, assim como a reunião na Região do Norte, são fonte de orgulho para os barenitas, como um modelo do correto comportamento democrático", disse a agência de notícias estatal BNA.

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