Últimos corpos de acidente aéreo são levados para o RJ

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Por Tiago Décimo
Atualização:

Foram levados para o Rio de Janeiro, em um helicóptero da Força Aérea Brasileira (FAB), na tarde de hoje, os dois últimos corpos de vítimas do acidente com o helicóptero modelo Esquilo, de prefixo PR-OMO, que caiu no mar do litoral sul da Bahia, na noite da última sexta-feira. O equipamento transportava sete pessoas do Aeroporto Internacional de Porto Seguro ao condomínio de luxo Jacumã Ocean Resort, na Fazenda Jacumã, ao norte da Praia do Outeiro, no distrito de Trancoso. Todas elas morreram.O último corpo, da empresária Jordana Kfuri Cavendish, foi encontrado por populares, por volta das 7 horas, na Praia de Curuípe, na orla norte de Porto Seguro - a três quilômetros do centro da cidade. Levado ao Instituto Médico Legal (IML) de Porto Seguro, foi reconhecido por um amigo da família, por causa das roupas, relógio e uma tatuagem.Jordana era mulher do empreiteiro Fernando Cavendish, da construtora Delta. Era para uma comemoração de aniversário dele, que seria realizada no resort, que seguiam as vítimas do acidente. Além de Jordana, morreram seu filho, Luca, de 3 anos, sua irmã, Fernanda Kfuri, de 34, o filho dela, Gabriel, de 2, e a babá das crianças, Norma Batista de Assunção, de 49. A estudante Mariana Noleto, de 20 anos, namorada de Marco Antônio Cabral, filho do governador do Rio, Sérgio Cabral, e o empresário Marcelo Mattoso de Almeida, de 48, também morreram no acidente. Seus corpos foram localizados ontem. Almeida, sócio do resort e dono do helicóptero, era quem pilotava a aeronave, apesar de suas habilitações técnicas e de saúde estarem todas vencidas - e de o veículo não contar com sistema de navegação por instrumentos, necessário para voos nas condições encontradas na noite de sexta-feira (chuva e neblina). A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) abriu processo administrativo para apurar as irregularidades.O governador fluminense e seu filho só não embarcaram no helicóptero porque não havia mais espaço - para seis pessoas, a aeronave já tinha sete (cinco adultos e duas crianças). Eles seguiriam para o resort em uma segunda viagem, a bordo do mesmo equipamento, logo depois.Com a localização e a identificação do corpo de Jordana, as buscas foram oficialmente encerradas pela Marinha. Agora, a Aeronáutica estuda a possibilidade de retirar a cabine do helicóptero do mar, para auxiliar as investigações sobre as causas do acidente. Os destroços estão a 250 metros da costa, na altura da Ponta de Itapororoca, em Trancoso, a dez metros de profundidade, e ainda não há previsão para o início do procedimento.A regional Nordeste do Serviço de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa-2), com sede em Recife, responde pelas investigações.

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