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Universidades no Nordeste iniciam movimento grevista

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Por ANGELA LACERDA E LAURIBERTO BRAGA

Das três universidades federais de Pernambuco, a primeira a paralisar as atividades docentes foi a Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), que entrou em greve na terça-feira (15). Situada em área de fronteira com os Estados da Bahia e Piauí, a estimativa do sindicato dos docentes (Sindunivasf) é de que mais de 95% dos cerca de 400 professores aderiram à greve nacional por tempo indeterminado em todos os seus cinco campi - distribuídos em cidades dos três Estados.A Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) tem a adesão de 90% dos seus 1,1 mil professores, de acordo com o comando de greve. O total de alunos nos seus 40 cursos de graduação é de 15 mil. A expectativa é de expansão da adesão na próxima semana.A Universidade Federal de Pernambuco, com 2,5 mil professores e 32 mil alunos em 93 cursos de graduação presenciais, realizou quinta-feira a assembleia que deflagrou a greve, por isso ainda não tem um balanço claro do porcentual de adesão, que só deve ser definido na segunda-feira. De acordo com o sindicato da categoria, muitos professores ainda foram à sala de aula nesta sexta-feira para conscientizar os alunos.Os professores da Universidade Federal do Ceará (UFC) não aderiram à greve nacional. Os professores associados ao Sindicato dos Docentes da UFC (Adufc) decidiram convocar nova assembleia para apreciar as propostas negociadas com o governo federal até 31 de maio. Segundo o vice-presidente da Adufc, professor Ricardo Thé, caso o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão não envie uma proposta "digna de apreciação", os professores da UFC já tem uma assembleia marcada para 5 de junho.Em nota, a Adufc de antemão já descarta a decretação de uma greve para 5 de junho. "Nossa categoria, aqui no Ceará, tradicionalmente não indica uma greve sem a aprovação em plebiscito, estabelecendo, assim, a vontade e compromisso da maioria", esclarece Ricardo Thé. Mas ele lembra que "a greve é uma ferramenta de pressão legítima e pode muito bem estar colocada à mesa dependendo das propostas que o governo federal nos apresentar".

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