Voo 447: navios estão no local de destroços, diz Marinha

PUBLICIDADE

Por Isabel Sobral
Atualização:

O diretor da Comunicação Social da Marinha, contra-almirante Domingos Sávio Nogueira, disse hoje que três navios mercantes de bandeira holandesa e francesa já estão na área apontada pelos radares dos aviões da Aeronáutica, em busca dos destroços do avião da Air France que fazia o voo AF 447, do Rio de Janeiro a Paris. "Até o momento, não temos confirmação dos navios mercantes de terem avistado nenhum objeto no mar e essa identificação é a prioridade", disse. Hoje à tarde, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, confirmou que destroços encontrados na região são da aeronave desaparecida.Segundo o contra-almirante, os navios da Marinha, que começaram a ser deslocados ontem de manhã, só têm previsão para chegar ao local a partir de amanhã. O primeiro será o Navio Patrulha de nome Grajaú, que saiu de Natal, no Rio Grande do Norte, às 9h30 de ontem, e deve chegar à região no final da tarde de amanhã.O diretor explicou que a dificuldade de deslocamento das embarcações da Marinha brasileira deve-se ao fato da distância - são cerca de 650 quilômetros a nordeste de Fernando de Noronha, próximos aos arquipélagos de São Pedro e de São Paulo - e ao fato das embarcações terem pego correntes marítimas contrárias. Segundo ele, outra dificuldade apontada é que o mar está sempre em movimento, o que dificulta a visualização pelos navios.De acordo com o diretor, o Grajaú, é um navio de 200 toneladas, tem 31 tripulantes, sendo dois mergulhadores e alguns médicos, e é usado normalmente para patrulha e socorro. Se houver algum sobrevivente, o navio tem condições de dar os primeiros atendimentos. "Sempre há esperança e o que nos move nessas missões é, principalmente, a tentativa de encontrar sobreviventes", afirmou.Segundo ele, hoje pela manhã, foi enviado também para Fernando de Noronha um navio tanque para abastecer, por quantos dias forem necessários, os navios e os aviões que trabalham nas buscas. Ele informou que esse navio tanque, que saiu do Rio de Janeiro cheio, tem capacidade para 4 milhões de toneladas de óleo.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.