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Fórum dos Leitores

Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

Por Fórum dos Leitores
Atualização:

Auxílio Brasil

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Inépcia bolsonarista

Que o desemprego, a perda de renda das famílias e a fome são problemas de primeira ordem a serem enfrentados no Brasil todos nós sabemos. Grosso modo, o ponto inicial para elaborar políticas públicas mitigadoras das desigualdades e dos demais problemas sociais é: diagnóstico das causas do problema e desenho de ações que as combatam – com foco em determinado público-alvo – e componham um programa social robusto com objetivos, metas e prazos estabelecidos e passíveis de apuração. Disso ainda advém uma etapa de retroalimentação e aperfeiçoamento das ações. Mas nem o método científico e técnico de ação pública nem a preocupação com a atual realidade desesperadora dos brasileiros fazem parte do dificultoso e desconexo processo de pensamento do presidente da República. Sua preocupação é tão somente a reeleição – e defender e blindar a si e aos seus dos entraves com a Justiça. Em razão disso é que se decidiu aumentar o Auxílio Brasil para R$ 400 mensais. Divulga-se que, dos R$ 200 adicionais, metade seria incluso no Orçamento por meio da negociata dos precatórios e a outra metade assumidamente furaria o teto de gastos. O adicional representa em sua integralidade o descumprimento da regra fiscal âncora da estabilidade econômica brasileira. Afinal, o que a trapalhada dos precatórios é, senão contabilidade criativa? Mas o Brasil tem inteligência e perspicácia para compreender a farsa, tanto que mercado, intelectuais, imprensa e sociedade civil logo reagiram, levando o governo a recuar. Até para a consecução de seus objetivos Bolsonaro e o bolsonarismo mostram total incapacidade, o que é bom para o País. Afinal, o interesse público e o sectarismo desta milícia que governa o Brasil são inconciliáveis.

Elias Menezes elias.natal@hotmail.com

Belo Horizonte

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Brincadeira

A estratégia do governo para criar o seu Auxílio Brasil é contornar a compensação orçamentária exigida pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e a regra constitucional do teto de gastos, que impede o crescimento real das despesas federais. Ora, a lei e a regra visam a condicionar os gastos à arrecadação. Brincar com isso confunde as coisas, reduz a transparência, desequilibra as finanças e aumenta o risco país. Consequentemente, reduz os investimentos e aumenta os custos. Resultado: queda de quase 4% na Bolsa e avanço do dólar, só para começar. A melhor maneira de auxiliar o País certamente não passa pelo aumento da criatividade nos métodos para contornar as responsabilidades.

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Jorge A. Nurkin jorge.nurkin@gmail.com

São Paulo

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Pedalada

A colocação do valor do Auxílio Brasil em R$ 400 estoura o teto de gastos num valor estimado de R$ 30 bilhões, o que caracteriza desrespeito à LRF de maneira acintosa e descarada por Bolsonaro. Com atitudes muito parecidas com esta, Dilma Rousseff sofreu impeachment direto e reto.

Boris Becker borisbecker@uol.com.br

Praia Grande

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Governo Bolsonaro

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Ajuntamento infernal

Bem registrou o editorial Retratos de uma era indecorosa (20/10, A3): não temos uma estrutura governamental sequer razoável e, por força do princípio constitucional da transparência da administração pública, exposta à Nação. Não se atendeu ao pedido do jornal de explicitação do que faz Eduardo Pazuello na Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos. Fabrício Queiroz, o homem das “rachadinhas”, vive em festanças. Em vídeo o secretário especial de Aquicultura e Pesca, Jorge Seif, mostra sua diversão numa praia de Dubai, enquanto brasileiros sofrem por falta de alimento e moradia. O que temos é um ajuntamento em torno do chefe. Faltou acrescentar a cultura do ódio contra adversários. Segundo Jorge Luis Borges, os infernos, na imagem do filósofo Swedenborg, são regiões pantanosas, e só nelas os réprobos se sentem felizes, repletos de ódio e conspirações. “É um mundo de baixa política.”

Amadeu R. Garrido de Paula amadeugarridoadv@uol.com.br

São Paulo

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Diversão em Dubai

O contraste não poderia ter sido mais cruel e revoltante: o sheik Eduardo Bolsonaro, esposa e filha fantasiados em trajes de mil e uma noites em Dubai, enquanto brasileiros famintos procuram pé e pescoço de galinha num caminhão de lixo, no país que é o maior produtor de alimentos do mundo. “E daí?”, diria o capitão.

Omar El Seoud  elseoud.usp@gmail.com

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São Paulo

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

NOVO ‘ESTADÃO’

ESTRATÉGIA DE MESTRE

Sou leitor assíduo do Estado, hábito herdado do meu pai desde que praticamente aprendi a ler, em plena ditadura, nos anos 60. Embora muito jovem, entendia perfeitamente o que representavam os trechos de Os Lusíadas, de Camões, espalhados sem sentido no meio das notícias. Anos mais tarde, ainda no período de chumbo, não havia mais versos, mas sim denúncias contundentes do que acontecia nos porões da ditadura, o que, sem dúvida, contribuiu para o fim dessa vergonha. O Estado, mesmo amordaçado, sempre foi fiel à verdade e aos princípios republicanos e é decisivamente um dos mantenedores da democracia sólida em que o País se encontra hoje, apesar do desprezo e dos arroubos golpistas, não só do atual presidente da República, como também do candidato à Presidência e líder nas pesquisas, cujo sonho indisfarçável continua sendo o de censurar a mídia. O novo formato do jornal impresso é estratégia “de mestre”, pois vai com certeza facilitar o acesso de um número cada vez maior de pessoas à informação verdadeira, ao jornalismo factual, ético e de qualidade. 

Luciano Harary lharary@hotmail.com.br

São Paulo

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Há 70 anos sou leitor do jornal O Estado de S. Paulo e há alguns anos assinante desse conceituado jornal. Na minha modesta opinião, o Estadão de ontem, de hoje e de sempre é sem dúvidas o jornal mais completo do Brasil e um dos jornais mais completos do mundo!

Virgílio Melhado Passoni mmpassoni@gmail.com

Jandaia do Sul (PR)

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Simplesmente meus parabéns pela renovação, está maravilhoso,

Vera Lígia Giovanetti D Atienzo vera.ligia@me.com

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Sou leitor e assinante do Estadão há mais de 50 anos, entre compra em banca e assinatura, parte do tempo em nome de pessoa jurídica e parte como pessoa física.

Enfim, estou enviando esta mensagem para parabenizar toda a equipe por terem adotado este novo formato, mais prático no manuseio, e, também, pela nova diagramação, oferecendo uma melhor leitura.

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Parabéns Estadão e equipe, acertaram totalmente nas alterações

José Maria Trepat Cases trepat@trepat.com.br

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Adorei a mudança do Estadão. Com seções interessantes e bem formatadas, mostra o porquê de ser um jornal de vanguarda, orgulho para o Brasil. Sugestão: que tal uma seção de resgate dos fatos mais marcantes da semana nas edições de domingo? 

Edinei Wassoaski edinei@jmais.com.br

Canoinhas (SC)

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‘ESTADÃO’ INOVADOR   Leitores de vários segmentos destacam o sucesso do formato inovador do novo Estadão. O Judiciário como um todo, empresários, industriais e do agronegócios que compõem o alto Produto Interno Bruto (PIB), executivos e CEOs, entre outros medalhões conceituados, foram unânimes na aprovação inovadora. Perguntado, o Palácio do Planalto resolveu silenciar, como sempre. É o que temos para hoje!      

Júlio Roberto Ayres Brisola jrobrisola@uol.com.br

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São Paulo

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CORRUPÇÃO

Você não aprende honestidade na escola. Lá você a demonstra. Os grandes corruptos e picaretas do País são quase todos de formação superior, com cursos de pós- graduação, e muitos ocupam altos cargos na administração pública e na política. A corrupção é, antes de tudo, uma grande falha da formação familiar.

André Coutinho arcouti@uol.com.br 

Campinas

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INDECOROSO PRESIDENTE

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Estadão acerta no alvo quando afirma que o “despresidente” atua em favor apenas dos seus, envergonhando todos, matando muitos (Retratos de uma era indecorosa, 20/10, A3). No entanto, não se pode culpar “o azar” pela situação em que vivemos, pois as escolhas eram fáceis em 2018. A maioria escolheu o pior, talvez iludida pelos disparos de fake news, mesmo com todo o histórico de desserviço ao País e notável incompetência do então deputado. Ele jamais poderia ter saído da insignificância de “baixo clero” parlamentar em que sempre atuou.

Adilson Roberto Gonçalves prodomoarg@gmail.com

Campinas

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POLÍTICOS FINANCIADOS PELA VENEZUELA

Vem a público a notícia de que o ex-chefe da inteligência militar venezuelana durante os governos de Hugo Chávez e do atual ditador Nicolás Maduro, general Hugo Armando Carvajal Barrios, declarou à justiça da Espanha que seu país financiou políticos espanhóis e alguns da América Latina, sendo citados neste caso Lula da Silva, Nestor Kirchner, da Argentina, e Evo Morales, da Bolívia. A assessoria do brasileiro apressou-se a negar o recebimento de qualquer auxílio financeiro venezuelano, argumentação difícil de ser aceita, diante das inúmeras demonstrações de carinho e apoio de Lula da Silva ao sistema totalitário venezuelano. Enfim, descortina-se um possível episódio de comportamento sonso de um governo que impôs miséria e sofrimento sem precedentes ao seu povo, mas que, de alguma forma, drenou recursos para aliados de esquerda. Algo semelhante à direção estratégica recomendada pelos pilotos do PT, de usar o BNDES para construir porto em Cuba e executar obras de infraestrutura em países “amigos”, a despeito das dificuldades sofridas pelos brasileiros, tudo processado com o aval de Lula da Silva, candidato declarado nas próximas eleições presidenciais, graças a manobras da Corte Suprema que atuou como estranha lavanderia da sua reputação, após ter sido ele condenado e preso por decisão de vários tribunais.

Paulo Roberto Gotaç prgotac@hotmail.com

Rio de Janeiro

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ACHEM UM CARA MELHOR       O presidente Jair Bolsonaro nega ser o responsável pela crise econômica que assolou o País. Encheu os pulmões e disse que ele não é responsável pela inflação, pela crise hídrica, pela alta dos combustíveis, pela alta dos alimentos, pelo não combate à pandemia – porque a população resolveu ficar em casa – entre outros negacionismos palacianos. Disse que o povo “ache um cara melhor que ele”. Na verdade, qualquer neófito aprendiz fará muito melhor do que o desastre ocasionado por Bolsonaro e família. Ora, pelo andar da carruagem Bolsonaro deveria sim ter coragem e renunciar ao cargo que nunca exerceu. O Brasil “penhoradamente” agradece!       Júlio Roberto Ayres Brisola jrobrisola@uol.com.br

São Paulo

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O BOM ADMINISTRADOR SABE GERENCIAR. Jair Messias Bolsonaro, presidente da República, passou 27 anos de sua vida atuando na Câmara dos Deputados. Nunca foi um administrador público ou privado. Foi sempre agressivo nas suas falas radicais, e desde a Academia Militar não deu importância à economia e à administração, tanto que, quando necessário, foi procurar o Posto Ipiranga, Paulo Guedes, que é seu ministro da Economia. Assim, acostumou-se a passar ligeiramente os olhos sobre graves problemas, mas sem resolvê-los. Apenas atua remetendo os temas e assuntos para seus assessores e colaboradores. Põe a sua caneta para atuar somente quando o aspecto político e eleitoral se apresenta com nitidez. E assim vai atuando Bolsonaro: com tropeços em temas importantes e com omissões inaceitáveis, afora as opções que toma e que são da repulsa internacional. Enfim, coloca no esquecimento que não dirige negócio seu, mas um grande país, cujos eleitores querem satisfações do que é feito. Mas como pode ele explicar convincentemente: a inflação com tendência a se tornar inercial; as falhas na saúde; as apurações, com graves resultados, nos trabalhos da CPI do Senado da República; as críticas internacionais sobre temas como meio ambiente, vacinação e covid-19. Será, então, que acha estar fazendo um bom governo e merece a reeleição? José Carlos de Carvalho Carneiro carneirojcc@uol.com.br

Rio Claro

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FREDERICO D’ÁVILA

As ofensas proferidas pelo deputado Frederico D'Ávila (PSL), da tribuna da Assembleia Legislativa de São Paulo, dirigidas ao papa Francisco e ao episcopado brasileiro merecem punição exemplar, incluindo a cassação do mandato, tal a gravidade do fato. As pessoas de bem, independentemente da crença que professam, não aceitam apenas um simples pedido de desculpas. A imunidade parlamentar exige limites. Aos caluniados, a nossa solidariedade.

Geraldo Tadeu Santos Almeida

Itapeva

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TETO DE GA$TO$

Há um ano das eleições de 2022, para conseguir dar conta da implementação do programa populista e eleitoreiro do desgoverno bolsonaro Auxílio Brasil, o sempre otimista ministro Paulo Poliana Guedes vai acabar dizendo “Teto de gastos, ora teto de gastos!”, parodiando a célebre e debochada expressão de Getúlio Vargas “Lei! Ora, a lei”. Pobre Brasil.

J. S. Decol decoljs@gmail.com

São Paulo

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O RISCO DE DESABASTECIMENTO DE DIESEL E GASOLINA A Petrobras está cortando parte das encomendas de óleo diesel e gasolina dos seus distribuidores. A empresa não tem capacidade para atender a todos os pedidos feitos para novembro. Nos últimos anos, o mercado brasileiro de diesel foi abastecido tanto pela produção da estatal quanto por importações realizadas de distribuidoras, terceiros e pela própria companhia. Na comparação com novembro de 2019, a demanda dos distribuidores por diesel aumentou 20% e a por gasolina, 10%. A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) garante que não há risco de desabastecimento. Apesar da grita dos preços altos no Brasil, os distribuidores revelam que houve maior demanda pelo diesel da Petrobras, porque o produto disponível no mercado externo está mais caro do que o valor praticado aqui. Precisamos redefinir a política energética e estabelecer a verdade do mercado. Não é o caso de procurar “culpados” pelos altos preços, mas de traçar estratégias para que os combustíveis cheguem ao consumidor a preços compatíveis. Desmistificar o setor. Pagando combustíveis a preços internacionais, não precisamos de uma petroleira estatal. Melhor seria a privatização. O grande sonho econômico é chegarmos ao dia em que o Estado brasileiro deixe de ser empresário e seja um competente normatizador, licenciador e fiscalizador. Pouco nos importará quem seja o “dono” da Petrobras, da Eletrobras e das outras “bras” nem sempre produtivas, mas muitas vezes gravosas ao erário porque, como estatais, não vão à falência e têm seus prejuízos cobertos pelo Tesouro. Dirceu Cardoso Gonçalves aspomilpm@terra.com.br

São Paulo

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BOLSA

A Bolsa caiu

E o dólar subiu

O teto será furado

E o Brasil...ferrado

Francisco Pedro Pampado do Canto pampado.canto@gmail.com

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AUMENTO DO DÓLAR

Com a aproximação da cotação do dólar entre nós de R$ 6, muitos estão ganhando fortunas, embora para a maioria da nossa população tal fato tenha peso bastante negativo, por razões que todos conhecemos, como a inflação nos itens básicos que consumimos. Essa realidade econômica pode estar escondendo milhões de recursos desviados, e pode ser comparada à corrupção que vivenciamos em passado recente, embora muitos nem se deem conta de tal tragédia.

José de Anchieta Nobre de Almeida josedalmeida@globo.com

Rio de Janeiro

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‘O SILÊNCIO NA PANDEMIA’ Naturalmente, o silêncio da centena de mortos, que é rompido da vida eterna ao optarem pelo paraíso, porque Deus conservou o livre arbítrio após a morte. Os que cultivam o ódio optarão pelos sítios infernais, já que não conseguem viver sem ele (confira-se Bernard Shaw, Man and Superman). Belíssima a coluna de Leandro Karnal sobre o Silêncio na Pandemia (Estado, 20/10) e sua elegia ao padre Júlio Lancellotti. Os desgraçados que ele conforta, ao comerem na rua, evidentemente não pensam em Marx e Engels. O silêncio eloquente dos sobreviventes propõe a redução da desigualdade social, não o comunismo. A igualdade da Revolução Francesa e de nossa Constituição. Amadeu Roberto Garrido de Paula amadeugarridoadv@uol.com.br

São Paulo

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CPI DA COVID: GRATIDÃO

Diferente de alguns missivistas que criticaram a CPI, qualificando-a de eleitoreira, só tenho a agradecer aos senadores que dela participaram, por terem mostrado ao Brasil as barbaridades perpetradas contra a vida do povo brasileiro, provocando mortes de milhares que poderiam ter sido evitadas. A mim, deu a impressão de termos vivido num aterrador pesadelo no estilo nazista, até mesmo com experimentos feitos com idosos sem nenhuma comprovação científica e retirados da UTI para morrer. E a única coisa que citam é a divulgação prematura de parte do relatório? E o que a CPI conseguiu salvar de vidas forçando o governo a providenciar mais vacinas? Isso não conta? Gratidão aos que nos descortinaram tantos horrores do desprezo pela vida, assim contendo a enorme força da pulsão de morte que rondou todos nós. 

Eliana França Leme efleme@gmail.com

Campinas

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RELATÓRIO FÚNEBRE

Sonhando em entrar na contramão da história, os fogosos senadores governistas também apresentaram relatório final na CPI da Covid. Peça científica primorosa, solicitada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela ONU, onde recentemente Bolsonaro, o gênio da negligência médica, horrorizou o planeta, com mentiras e blasfêmias. O fantasioso relatório garante que Bolsonaro é ave rara da decência, da competência e da probidade administrativa. Jamais debochou da pandemia. É intriga da oposição. O chefe da nação nunca disse que a covid era uma “gripezinha”. Os notáveis fantoches senadores destacaram que a primorosa obra de sabujismo explícito será acolhida e aplaudida pelos familiares dos 604 mil brasileiros mortos pela covid e pelos milhões de desempregados e despejados. O teor do relatório teve as digitais do diligente ex-ministro da Saúde general Eduardo Pazuello, aquele que evocou para si a pérola do puxa-saquismo “manda quem pode, obedece quem tem juízo”. O relatório conclui recomendando a construção de bustos de Bolsonaro na entrada dos cemitérios das capitais brasileiras. Pelo desprezo que tem pela ciência e pelas vidas alheias.

Vicente Limongi Netto limonginetto@hotmail.com

Brasília

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AS ÁGUAS BRASILEIRAS

A natureza foi generosa com o Brasil, o País tem água em abundância. Talvez por conta dessa abundância o País nunca se preocupou em cuidar desse bem tão precioso. Todos os principais rios brasileiros são alegremente usados como canais de esgoto, que fluem sem tratamento para o mar. O agronegócio é particularmente nocivo às águas brasileiras, desmatamentos e queimadas secam e assoreiam os rios, que são ainda bombardeados com o veneno de agrotóxicos banidos no mundo todo. Se o Brasil soubesse fazer contas e cobrasse o preço da água usada no cultivo da soja ninguém iria comprar o produto, o cultivo da soja seria economicamente inviável. A mineração é outra grande destruidora das águas brasileiras. Rios importantíssimos, como o Rio Doce, foram simplesmente destruídos pela mineração e seus frequentes acidentes. A mineração ilegal é ainda mais mortal para a água, envenena os rios com metais pesados que vão encontrar o caminho até contaminar os magníficos e gigantescos depósitos de águas subterrânea, aquíferos e lençóis freáticos. O gigantesco mar territorial brasileiro é usado como depósito de lixo e recebe o esgoto sem tratamento do País inteiro, além da extração de petróleo em águas profundas que tem um potencial devastador de poluir milhares de quilômetros de praias em questão de dias, caso ocorram vazamentos e acidentes. O Brasil deveria liderar o mundo nas questões de preservação do meio ambiente e dos cuidados com a água, essa seria uma ótima bandeira a ser levada pelo governo que suceder a Jair Bolsonaro, o pior carrasco que a natureza já teve. Mário Barilá Filho mariobarila@gmail.com

São Paulo

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PARQUE DO IBIRAPUERA

Recebo com desagrado mais uma notícia sobre a nova empresa concessionária do Parque do Ibirapuera. Agora quer cobrar taxas das pessoas que utilizam o parque para treinamentos supervisionados.

Desde setembro de 2020 a nova concessionária entregou muito poucas melhorias. A marquise, por exemplo, continua com problemas e fechada ao público. A única coisa visível até o momento é a cobrança de estacionamento. 

Querer cobrar taxa de treinamento em parque, outrora público, é mais uma ação de usurpação do direito do cidadão que já paga muitos impostos na cidade. Recentemente um fotógrafo foi proibido de utilizar sua câmera, sob a alegação que deveria ter autorização prévia, pois trata-se de uma área privada.

A alegação de arrecadar R$ 100 mil para manutenção do parque é ridícula.

Qual foi o objetivo da privatização do parque? Onde está o investimento da concessionária? Para arrecadar taxas e cobrar estacionamento qualquer um assumiria o parque. Implantaram, isso sim, uma forma de cerceamento ao uso do nosso maior parque “ex-público”,

Triste e revoltante!!!

Claudio Ferro cferro14@gmail.com

São Paulo

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