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Fórum dos Leitores

Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

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Por Fórum dos Leitores

Eleições 2022

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O iluminado?

Em janeiro deste ano, o presidente Jair Bolsonaro decretou luto oficial no País pela morte de Olavo de Carvalho, um homem que, segundo o presidente, “lutou pela liberdade e iluminou milhões de brasileiros”. Eu nem sabia que não tínhamos liberdade no Brasil; e iluminados, mesmo, devem ter sido só a família Bolsonaro e seus amigos, pois conseguiram se eleger, em 2018: o pai para presidente, um filho para senador e outro filho para deputado federal. Agora, a algumas semanas da eleição, a primeira-dama Michelle Bolsonaro diz que o seu marido é um “escolhido por Deus” para conduzir o Brasil. Apesar disso, em três anos e oito meses na Presidência, este “escolhido”, ao que se vê, não se lembrou de governar pelo povo brasileiro. Portanto é muito impressionante que ainda continue sendo “iluminado”. Será que Deus não estaria errando na sua escolha, se for verdade o que a primeira-dama diz?

Tomomasa Yano

tyanosan@gmail.com

Campinas

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Intransigência religiosa

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Além de infringir mandamento constitucional (artigo 5.º, inciso VI) e princípios éticos, Michelle Bolsonaro evidenciou abominável preconceito religioso quando relacionou os cultos africanos às trevas. Muita presunção, ao considerar certa apenas a religião que professa. Como se considera a “iluminada”, é de perguntar: será que foi Deus quem, diretamente, lhe prescreveu tamanha intolerância?

Junia Verna Ferreira de Souza

juniaverna@uol.com.br

São Paulo

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Demônios no Planalto

Michelle Bolsonaro disse que o atual presidente teria expulsado o “demônio” do Palácio do Planalto. Faz sentido. Nem mesmo o demo conseguiria coabitar o palácio com um presidente tão insensível, negacionista, prepotente e que tem por objetivo o poder sem contestação e seu próprio bem-estar e o de sua família e de seus amigos. Desde que assumiu a Presidência da República, em janeiro de 2019, definiu como único objetivo a reeleição em 2022 – e, provavelmente, a perpetuação no poder. De minha parte, não votarei em nenhum dos componentes do Bolsonaristão nem do Lulanistão.

Carlos Gonçalves de Faria

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marshalfaria@gmail.com.br

São Paulo

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Gregos e troianos

Nem o PT nem a sociedade brasileira devem entrar nesta pilha de provocação religiosa promovida pela família Bolsonaro. Jair Bolsonaro não tem qualquer interesse em eleger-se presidente – do contrário, não se estaria exasperando tanto diante de evangélicos fanáticos, como se estivesse falando numa língua de anjos políticos. Quem quer se eleger presidente da República deve conquistar a simpatia de gregos e troianos, pois não? Seria mais inteligente, em minha opinião, deixar este povo falando sozinho.

Júlio Zavack

juliozavack@gmail.com

São José dos Campos

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Antipropaganda

Observando o método com que Jair Bolsonaro vem conduzindo sua campanha eleitoral, ao meu ver, Lula da Silva não vai precisar de cabo eleitoral nesta eleição.

Virgílio Melhado Passoni

mmpassoni@gmail.com

Jandaia do Sul (PR)

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Caradurismo

Causa espécie e indignação verificar que, da noite para o dia, como num milagre de acúmulo de melanina, nada menos do que 33 deputados candidatos à reeleição resolveram mudar a sua declaração de cor de pele – de brancos, em 2018, para pardos, neste ano –, numa clara jogada política que visa a impactar o financiamento de campanhas e a entrega de recursos públicos para os partidos políticos no próximo ano. Como se vê, o desavergonhado caradurismo na política tupiniquim não conhece limites. A que ponto chegamos!

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J. S. Decol

decoljs@gmail.com

São Paulo

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Guerra na Ucrânia

Seis meses

O Ocidente pode e deve precipitar não só o fim da guerra na Ucrânia, que esta semana completa seis meses, mas também o fim do reinado de Vladimir Putin. Para isso, basta uma campanha maciça de informações mostrando as barbaridades da guerra provocada pela Rússia e informando sobre quem são, como vivem e de onde veio o dinheiro dos oligarcas russos que sustentam Vladimir Putin no poder. A internet e suas redes sociais são o canal natural para realizar essa ofensiva. O povo russo fará o resto.

Mário Barilá Filho

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mariobarila@yahoo.com.br

São Paulo

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

SACRILÉGIO

Foi amplamente divulgado pela imprensa que a partir de 17 de agosto o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, passou a receber iluminação em verde e amarelo “para começar a contagem regressiva até a estreia da seleção de futebol na Copa do Mundo do Catar”. Impressiona a capacidade sacrílega da arquidiocese comandada por Dom Orani Tempesta. Se é uma manifestação de “patriotismo”, isso nada tem a ver com Jesus Cristo (ou o contrário: Jesus Cristo não pode ser transformado em torcedor de nenhum país). Se é uma forma de “incentivo ao futebol”, também não se justifica o uso da imagem do Cristo (ainda mais uma competição da Fifa, lugar de negócios escusos há décadas). Por fim, e pior que tudo, só os tolos não veem nisso um uso da religião para respaldar uma candidatura antidemocrática, que usa os símbolos e cores pátrias exatamente como todos os movimentos e governos nazifascistas.

Wilmar da Rocha D’Angelis wilmar.unicamp@gmail.com São Paulo

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MUSEU DO IPIRANGA

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Ao ver notícias e alguns vídeos de como está ficando o nosso Museu do Ipiranga, não vi até hoje o reconhecimento de que essa recuperação, que deve causar orgulho a todos os brasileiros, é devida em alto grau ao empenho do ex-governador João Doria. Dessa forma utilizo este espaço para que o reconhecimento seja dado a quem é de direito, e deixar um muito obrigado por todo o esforço.

Carlos Ayrton Biasetto carlos.biasetto@gmail.com São Paulo

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FEIJÃO COM BRINDES

Quando a situação está complicada, a criatividade surge. Dias atrás fui ao supermercado Fransue, em Santos, e comprei um pacote de feijão da marca Tio Jota. Quando abri o pacote para preparar o produto para o cozimento, olha o que encontrei: dois grãos grandes de milho, um grão de feijão preto, dois grãos de feijão esmagados, um grão de feijão com aparência velha. E o preço do pacote é "vergonhoso" para um país agrícola como o Brasil. Não tinha nem nome de procedência do distinto produto. E vamos para 200 anos da Independência. Do quê?

Deodoro Moreira dos Santos deo.santos0105@gmail.com Santos

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CARTA PELA DECÊNCIA

Consagrada a carta à democracia, falta-nos agora uma carta que exija a decência na vida política brasileira. Não podemos continuar iludidos por gestores que buscam o poder a qualquer preço, nos sujeitando a gestões desastrosas, sempre mancomunadas com um Congresso em que a decência dos padrões morais, éticos e do decoro jamais qualificaram a maioria de seus integrantes. Estimulados pela impunidade das indecências anteriormente praticadas, chegam até a conclamar o Senhor em contraponto com o diabo, iludindo os eleitores em uma fé divina que jamais praticaram. Em depravada orgia gutural sobre palanques, entre outras infames mentiras, prometem ajudas sequer previstas em orçamentos futuros. Em razão de passados nada honestos, se escondem do público geral, limitando-se aos seus redutos, cassando-nos descaradamente o direito de conhecermos seus programas de gestão e projetos. Em apertado relato, essa é a aética e imoral formação da maioria dos políticos brasileiros, no atual exercício ou buscando uma vaga, em que a decência jamais se fez presente. Pela situação, urge também uma carta exigindo a necessária decência no exercício da vida política no Brasil, com 213 milhões de signatários.

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Honyldo Roberto Pereira Pinto  honyldo@gmail.com Ribeirão Preto

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NOVA CARTA

Sobre a proposta de Silvano Corrêa no Fórum dos Leitores (17/8, A4), tenho certeza de que todos os brasileiros de bem gostariam de ajudá-lo com o maior prazer na elaboração de uma carta sobre o uso de dinheiro público. Uma carta que vincule os ganhos dos políticos à evolução do Produto Interno Bruto (PIB) e do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Uma carta que solicite que os salários de políticos municipais não devem ser mais que 10% da arrecadação própria do município. Uma carta que discipline a farra no cartão corporativo. Uma carta contra o orçamento secreto e as emendas do relator. E, por fim, uma carta simples, mas efetiva, para estancar os ralos por onde o dinheiro do cidadão flui sem retorno para a sociedade.

Cleo Aidar cleoaidar@hotmail.com São Paulo

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O IMPERADOR

Depois de um desequilibrado discurso, pleno de vociferantes ameaças a imagináveis agressores da sua sacrossanta crença na isenção do nosso processo eleitoral – como se o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fosse um fórum criminal –, o dr. Alexandre de Moraes se proclama um inimigo do “discurso do ódio” e paladino da democracia. A cerimônia de sua posse na presidência do TSE de fato pareceu uma ascensão ao poder do imperador absoluto do planeta. Um vexame.

Rui Elia rui.elia29@gmail.com Rio de Janeiro

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ALÉM DO PROTOCOLO

Pode ter sido apenas protocolar, mas a posse de Alexandre de Moraes na presidência do TSE fez com que a presença do despresidente ficasse acanhada e constrangida, em cerimônia em que o ogro que ocupa o Palácio do Planalto foi duramente criticado, sem ter sido citado nominalmente. Foi uma verdadeira Demonstração de união contra o golpismo, como bem salientou o editorial do Estadão (18/8, A3). Se isso fará ele baixar a bola e começar a aceitar a derrota ou se vai avivar mais ainda seus ânimos golpistas, somente os próximos dias dirão. Nunca havia assistido a uma cerimônia fadada a ser enfadonha com tanta expectativa.

Adilson Roberto Gonçalves prodomoarg@gmail.com Campinas

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SURREAL

Alexandre de Moraes, ao discursar na sua posse no TSE, nada mais fez do que repetir o que vinha dizendo há tempos. O que se viu foi um circo de surrealismo. Poderia ser uma posse simples como sempre foram as demais. Se montou apenas um circo. Auditório cheio de bandidos condenados e madames, todas empetecadas, parecendo ir a uma festa de casamento. Mais um espetáculo deplorável patrocinado pelo ineficaz Judiciário, vergonha de nossa nação. Não sei para que existe esse tribunal. É o único no mundo.

Paulo Henrique Coimbra de Oliveira ph.coimbraoliveira@gmail.com Rio de Janeiro

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DEMI GETSCHKO

Como se diz na linguagem popular, “tenho de tirar o chapéu” para a cultura do meu colega politécnico Demi Getschko em Democracia e especialidades (16/8, B16). E, na área científica, o artigo traz numa linguagem acessível e clara os malefícios do mau uso das redes e, eu completaria, do smartphone.

José Luiz Abraços octopus1@uol.com.br São Paulo

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POLÍMATAS

Em excelente artigo, o economista Roberto Macedo traz à tona um importantíssimo tema educacional negligenciado em tempos de especialização (O polímata Jô Soares, 18/8, A4). Polímatas são pessoas com conhecimentos amplos em várias áreas. O professor Peter Burke, da Universidade Cambridge, escreveu um tratado sobre polímatas, como Leonardo da Vinci e outros menos famosos, para ressaltar a importância da cultura em seu aspecto mais amplo, numa educação mais completa. Escolas e universidades precisam formar pessoas conhecedoras de temas mais universais do que sua especialização profissional. A política precisa de pessoas com conhecimentos muito amplos em várias áreas neste mundo complexo de avanços nas ciências sociais, científicas e tecnológicas. Precisamos de polímatas na liderança dos governos nacionais para um mundo mais sábio. Paulo Sergio Arisi paulo.arisi@gmail.com Porto Alegre

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INÚMEROS JÔS

A respeito do artigo O polímata Jô Soares, que enumera os múltiplos talentos da brilhante figura pública como humorista, ator, autor de livros, poliglota, dramaturgo, diretor teatral, pintor, comunicador e entrevistador, que tantos eram os seus talentos que o correto é dizer que o Brasil perdeu um de seus maiores e mais talentosos artistas. Atrás de um minúsculo e carinhoso apelido, o maiúsculo Jô não era um, mas inúmeros Jôs. O País chora de tristeza pela saída de cena de quem o fez chorar de rir por seis longas e divertidas décadas. Viva o Gordo!

J. S. Decol decoljs@gmail.com São Paulo

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BNDES EM LOJA DE ARMAS

A respeito da reportagem Dinheiro do BNDES foi parar em loja gaúcha de venda de armas (Estado, 14/8, A9), vasculhar os empréstimos concedidos pelo BNDES no atual governo e “descobrir” um, concedido a um empresário bolsonarista e varejista de armas de fogo no valor de R$ 130 mil chega a ser hilário. O princípio do BNDES é fomentar exatamente os pequenos empresários, independentemente do setor de atuação e de seu viés político. O que deveria causar “espanto” da reportagem era o desvio das finalidades do banco público nos governos passados em financiar bilhões para um pequeno grupo de grandes empresários que utilizaram recursos oficiais para se locupletar e incentivar a corrupção no Brasil. Isso ninguém questionou.

Cláudio Ferro cferro14@gmail.com São Paulo

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LUCRO DOS CORREIOS

A empresa brasileira dos Correios é estatal, ou seja, é do governo. É do “povo”. E o lucro no ano de 2021 foi recorde, de R$ 3,7 bilhões. Pois bem, ninguém é contra o lucro, pois é assim que se mantém todos os tipos de comércios, privados ou estatais. Porém há preços abusivos. Recentemente enviei o documento de um veículo via Sedex para Foz do Iguaçu ao custo de R$ 98. E o mesmo valor foi cobrado para o reenvio, ou seja, um total de R$ 196. Enfim, nada contra o lucro, contudo, os usuários do serviço são exploradíssimos.

Alex Tanner alextanner.sss@hotmail.com Nova Odessa

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MÉDICOS ASSEDIADORES

É crescente o número de denúncias de importunação e assédio sexuais praticados por médicos em suas pacientes. São cruéis diante da situação de vulnerabilidade em que se encontram as vítimas. Algo deve ser feito para eliminar a prática desses atos, além da aprovação do projeto de lei para aumentar as penas para crimes sexuais praticados por profissionais da saúde, em tramitação no Congresso.

Jorge de Jesus Longato financeiro@cestadecompras.com.br Mogi Mirim

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FESTIVAL DE PROMESSAS

Está começando mais um Festival Nacional de Promessas e Mentiras, conhecido popularmente como campanha eleitoral. O objetivo é que um grupo de pretendentes ao prêmio consiga ludibriar o maior número de incautos possível, conhecidos como eleitores. Os prêmios (milhares) são cargos muito bem remunerados, com vários benefícios e regalias, por um período de quatro anos, sendo que ao final do período podem voltar a concorrer novamente. Tudo financiado com dinheiro público sobre o qual quase não há controle. A esse espetáculo bizarro, dá-se o nome de democracia

Ely Weinstein elyw@terra.com.br São Paulo