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Fórum dos Leitores

Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

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Por Fórum dos Leitores

Merenda escolar

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1/4 de ovo

Como qualificar a notícia de primeira página do Estadão de ontem, Merenda sem reajuste faz com que crianças dividam até ovo: teatro do absurdo ou filme de terror? Isso no país considerado o “celeiro do mundo” e no ano do seu bicentenário. Um país que envelhece, mas não amadurece, tem imensas potencialidades, mas não resolve seus contrastes e retrocessos civilizatórios, suas desigualdades e misérias. Antes fosse fake news, mas não é. É surreal, como surreais são o orçamento secreto, as emendas de relator e o sigilo dos cartões corporativos, entre outros exemplos de corrupção e relação incestuosa entre público e privado. Quem poderia imaginar que um dia, na hora da merenda escolar, seria colocado 1/4 de ovo no prato de uma criança e um carimbo em sua mão para impedi-la de repetir a refeição? Que respondamos com indignação a esta indignidade, daqui a duas semanas, diante das urnas eletrônicas.

João Pedro da Fonseca

fonsecaj@usp.br

São Paulo

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Farmácia Popular

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Menos recursos em 2023

O ex-presidente Lula mandou dinheiro público brasileiro para outros países, desviou dinheiro público e é chamado de ladrão. Ele errou e errou muito. Agora, quem tira da educação, da saúde, da ciência, da cultura, do Farmácia Popular, para dar ao orçamento secreto a fim de receber apoio do Centrão à reeleição, que nome deve receber?

Therezinha Stella Romualdo

there.stella@hotmail.com

Santos

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Eleição presidencial

Rumo ao passado

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Tempos atrás, eu tive um sonho. Nele, Simone Tebet e Ciro Gomes despiam-se das vaidades e se aliavam numa dobradinha imbatível de presidente e vice-presidente. Hoje não me lembro mais quem era o quê, mas não importa, foi só um sonho. E, agora, os brasileiros conscientes veem tristemente os dois disputando quem vai ficar em terceiro lugar no primeiro turno da eleição presidencial, deixando abertas as portas da cadeia para que um dos dois da dupla nefasta Lula-Bolsonaro continue destruindo o Brasil. Cada um a seu modo – mas também pouco importa, pois com qualquer um deles continuaremos a passos largos em direção ao passado.

Alfredo Franz Keppler Neto

alfredo.keppler@yahoo.com.br

Santos

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‘Agenda Estadão’

Produtividade

Em relação à matéria Como medir, aumentar e premiar a produtividade na economia brasileira? (Estado, 15/9, A14 e A15), que faz parte da Agenda Estadão para a eleição deste ano, a questão da baixa produtividade brasileira tem como uma de suas maiores causas a ausência de um projeto nacional concreto nas últimas décadas. Não se deve esperar grande coisa do próximo governo federal, tendo em vista que estamos a duas semanas da eleição e nenhum dos candidatos à Presidência apresentou uma visão clara de como o País será administrado, preferindo divagar sobre questões menores e até sobre se a eleição como um todo é confiável. Neste cenário, os (poucos) recursos disponíveis provavelmente continuarão a ser usados predominantemente como moeda de troca para garantir a manutenção do poder, sem qualquer preocupação com o efeito do gasto para o real desenvolvimento da Nação. Assim, a importante discussão sobre a produtividade na economia brasileira só será relevante, no mínimo, para o governo federal que será eleito em 2026. Tristes trópicos.

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Fernando T. H. F. Machado

fthfmachado@hotmail.com

São Paulo

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História

Estátua para Napoleão

Sobre a proposta de Roberto Macedo de erigir uma estátua para Napoleão Bonaparte (Estado, 15/9, A4), embora possa parecer controversa, como cita o economista, os argumentos oferecidos justificam não só a estátua, mas muito mais que essa justa homenagem. Sem a intervenção cirúrgica bonapartista no estagnado reino lusitano, por muito mais tempo o Brasil teria permanecido como uma atrasada colônia, sem chances de melhoria de vida para índios, negros escravos, negros livres e brancos pobres, cavadores de ouro para financiamento do bem-estar de um punhado de nobres ociosos em Portugal. É justo reconhecer que a intervenção napoleônica foi o motor de partida para novos tempos no continente europeu e nesta então paupérrima colônia.

Pedro de Camargo

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decamargo.pedro@hotmail.com

São Paulo

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

TIGRÃO

Solidariedade à jornalista Vera Magalhães, covardemente atacada por um deputado desclassificado. São os tchutchucas dando uma de tigrão para cima das mulheres, como disse Soraya Thronicke. 

Elisabeth Migliavacca São Paulo

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PAÍS ESQUISITO

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Está, a cada dia que passa, mais complicado ler o noticiário. Não discuto o comportamento deselegante e desnecessário do deputado que interpelou a jornalista, mas qual foi exatamente a agressão que ela sofreu? Só vi o vídeo em que ela é chamada de “vergonha do jornalismo brasileiro”. Não sou bolsonarista, aliás, tenho muitas reservas quanto aos dois candidatos que polarizam a eleição. Minha dúvida é se jornalistas podem chamar Jair Bolsonaro de “genocida” e “torturador”, desejar sua morte e cunhar muitas outras expressões depreciativas sem praticarem agressões. O Brasil está esquisito e lembro até de uma pessoa que disse, na frente de um membro do Supremo Tribunal Federal (STF), que “tinha vergonha daquela Corte” e recebeu voz de prisão.

João Paulo de O. Lepper jp@seculovinteum.com.br Cabo Frio (RJ)

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CALA-BOCA JÁ MORREU

Afirmar que militantes bolsonaristas não gostam de jornalistas é redundante. Salvo véspera de eleições, época em que a hipocrisia impera, a agressão grotesca como a que aconteceu com Vera Magalhães foi mais uma de várias desde o início deste governo, capitaneadas pelo presidente. Populistas e seus seguidores não gostam de críticas e isso não se restringe a Bolsonaro. Lula da Silva insiste no projeto de regularização da mídia, envernizando-o de "democratização dos meios de comunicação", mas o fato é que nem ele nem o PT tampouco apreciam quem os contradiga. Se um dos dois for o vencedor das eleições, a imprensa continuará sendo ameaçada, não há dúvida. Assim como não há dúvida de que o cala-boca morreu faz tempo. 

Luciano Harary lharary@hotmail.com São Paulo

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BERRANTE

Foi premeditada a agressão à jornalista Vera Magalhães, como havia sido muito leviana aquela protagonizada pelo despresidente, pois a pergunta feita no debate nem foi para ele. Faz bem o editorial lembrar que O apito de cachorro (15/9, A3) moderno se manifesta como berrante e que o ocupante do Palácio do Planalto em breve de lá sairá para a cadeia, pois são muitos e abundantes os crimes que praticou e que, diuturnamente, continua praticando.

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Adilson Roberto Gonçalves prodomoarg@gmail.com Campinas

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DIÁSPORA BRASILEIRA

Diáspora, embora se refira primeiramente à movimentação dos judeus, também se relaciona a outros povos. A diáspora brasileira soma atualmente 4,2 milhões de indivíduos aqui nascidos morando em outros países. São 1,775 milhão nos Estados Unidos, 276 mil em Portugal, 240 mil no Paraguai, 211 mil no Japão e, na outra ponta da lista de 30 países, 10 mil na China. O número de saídas definitivas do País subiu de 8.170 em 2011 para 22.455 em 2018, e os motivos citados são a crescente insegurança e a crise econômica deflagrada em 2014. É generalizado o medo de ser assaltado, agredido e até morto por criminosos cada dia mais impunes, que levam consigo a certeza de que o crime compensa e, por isso, são crescentemente ardilosos e sanguinários. Quem já foi embora resolveu, pelo menos em parte, o seu problema, mas deixou para trás família, amigos e toda a vida. Mas é preciso considerar que muitos que também pretendiam buscar outro país não conseguiram e continuam vivendo o terror vigente em nosso demagógico Brasil. Eles sabem o risco que correm e, a maioria, evita desfrutar do mínimo luxo que suas posses podem sustentar porque tem medo de virar presa dos malfeitores. Na quinta-feira, 15/9, tivemos o exemplo claro do perigo da exposição de dinheiro ou riqueza: o morador de Hortolândia (SP) que ganhou na Mega Sena foi sequestrado, roubado e morto. São muitos os fatores que levam à insegurança e ao medo. Um deles é o afrouxamento das leis e execuções penais. O povo, neste momento, pode fazer algo. Antes de decidir a quem dar o seu voto, verificar se o candidato, eventualmente, não é um dos causadores desta tragédia que leva os irmãos brasileiros a buscarem outras partes do planeta para poder viver em paz. Se o seu candidato tem responsabilidade nisso, procure outro.

Dirceu Cardoso Gonçalves aspomilpm@terra.com.br São Paulo 

* ECONOMIA BOMBANDO

Simplesmente nada irrita mais do que Paulo Guedes dizendo que a economia brasileira está bombando. O País está em um quadro de pobreza e de miséria aterrador, a renda das famílias mal dá para o básico, basta ver a quantidade imensa de pessoas morando pelas ruas das grandes cidades brasileiras. Cidades que estão caindo aos pedaços sem estrutura de nada. O interior brasileiro abandonado, o custo de vida do País é custo de Suécia com renda média da República Centro-Africana. O governo Bolsonaro é o pior governo que este país já teve. Mesmo o PT, um partido atrasado e obtuso e que nada fez em 13 anos de poder, um governo defensor de um estatismo burro e de uma economia engessada e que só distribuía migalhas para a população, não conseguiu ser tão ruim.

Paulo Alves pauloroberto.s.alves@hotmail.com Rio de Janeiro

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NECESSIDADES DA POPULAÇÃO

Boa coluna, a Política de estado não tem dono (Estado, 15/9, B4). A decisão de cortar recursos do Programa Farmácia Popular realmente abalou a estrutura da campanha do presidente J. Bolsonaro, tanto é que ele pediu uma resposta ao ministro da Economia, P. Guedes, que imediatamente garantiu que a verba será recomposta. Fica a observação: quem elege é povão. Mexer nas necessidades básicas da população talvez não seja uma boa ideia.

Adalberto Fernando Santos asanto17@bol.com.br Santo Antônio

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PROPOSTAS TRIBUTÁRIAS

Propostas tributárias de Lula e Bolsonaro são as mais injustas (Estado, 15/9, B1). As propostas na verdade são dos marqueteiros, e vale os usos e costumes da contínua cultura política no País: promessa de campanha não se cumpre, se acerta nos momentos certos. Não existem partidos fortes e com ideologias sérias, com bons propósitos. O que existe é o fisiologismo puro, que é o mal supremo da nossa política. E vida que segue.

Arcangelo Sforcin Filho arcangelosforcin@gmail.com São Paulo

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OS FINS E OS MEIOS

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Em propaganda eleitoral televisiva, o candidato à Vice-Presidência da República na chapa do Partido dos Trabalhadores, Geraldo Alckmin, afirma a inverdade de estar provado que Lula tenha sido preso injustamente. Ora, esse é o mesmo processo político brasileiro de sempre, o de jamais podermos confiar em políticos que, ainda em campanha, divulgam fake news tão descaradamente. Lula jamais foi inocentado, jamais se provou ter sido injusta a sua prisão. Por que tal mentira, senhor Alckmin, e, principalmente, por que negar todo o seu passado de acusações a Lula e ao PT? Agindo assim, nada mais faz que, maquiavelicamente, afirmar que os fins justificam os meios. Fins que, todos acreditamos, não repetirão os mesmos do passado.

Marcelo Gomes Jorge Feres marcelo.gomes.jorge.feres@gmail.com Rio de Janeiro

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BAIXO ÍNDICE DE VACINAÇÃO

Tendo presente os índices baixíssimos de vacinação em nossas crianças, por que não utilizar um pequeno espaço de cada partido nas propagandas eleitorais para estimular os pais a levarem os pequenos para serem vacinados? Ao menos esse, sim, seria um uso cidadão e republicano desses custos que nos são obrigatoriamente impostos. Ao Estadão fica o desafio de levar essa proposta a todos os partidos, via Justiça Eleitoral, para ainda neste resto de campanha isso ser adotado.

Carlos Ayrton Biasetto carlos.biasetto@gmail.com São Paulo

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BRASÍLIA SECA

Não é recomendável convidar para respirar o mesmo ambiente o Sol, a Lua, as estrelas, os gramados, as flores e os pássaros com o ar seco de Brasília. O clima e os pulmões fervem e torcem o nariz, estimulando a brigalhada. O deserto aboletou-se no Cerrado. A saliva da politicagem não engana mais ninguém. As lorotas e promessas cretinas e mirabolantes secaram a garganta dos profetas de araque. O céu entrou na briga. Pediu refresco à chuva. Encantadora figura que há quatro meses não dá o ar da graça. Líquidos e roupas leves saúdam a resistência. São Pedro prometeu antecipar as férias para acabar com o impasse.

Vicente Limongi Netto limonginetto@hotmail.com Brasília

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PT INADIMPLENTE

Conforme noticiado, o Diretório Municipal do PT em São Paulo é alvo de ação de despejo da sua sede na Bela Vista por falta de pagamento de aluguel e IPTU em valor superior a R$ 287 mil, reconhecido pelo presidente da sigla na cidade. Causa espécie que o partido, notório pela condenável prática de corrupção milionária nos mais de 13 anos de desgovernos lulopetistas, esteja inadimplente por sua própria sede depois de ter roubado centenas de milhões do erário em malfeitos condenados pela Justiça. O Brasil, "país do futuro" que nunca chega, agora corre o sério risco de voltar a ser governado e roubado pelo PT do ficha-suja e ex-presidiário Lula.

J. S. Decol decoljs@gmail.com São Paulo

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VENEZUELA X BRASIL

A transição da democracia para a ditadura na Venezuela, propiciada por Hugo Chávez/Nicolás Maduro, foi diferente do que é almejado por Lula no Brasil, com a participação da Suprema Corte de lá e o nosso STF. Na Venezuela, a semente do Foro de São Paulo frutificou. Lá, para se manter no poder, a estratégia de submeter o Legislativo foi acrescentar ministros parceiros na Suprema Corte e, por eles, retirar de circulação os inconvenientes legisladores e prender todos os concorrentes candidatos à presidência. No Brasil, os ideais do Foro de São Paulo avançaram, todavia após 13 anos, o deslize com o impeachment da presidente Dilma interrompeu temporariamente a perpetuação no poder, mas agora é iminente a retomada se Lula for reeleito. A diferença de Maduro para Lula é que Nicolás usou o STF para se manter no poder. No Brasil, o STF, parceiro de Lula, o quer de volta, age como um eficiente partido de esquerda atuando contra o principal oponente, aliviou Lula de prisão após condenações em três instâncias que, mesmo sujo, não é alijado pela Lei de Ficha Limpa e é líder nas pesquisas presidenciais, com real chance de se eleger. Resumo da história: as novas promessas de Lula envolvem invasões rurais e urbanas, ignorar a Lei de Responsabilidade Fiscal, aborto, drogas, ideologia de “gênero”, amordaçar a mídia, obrigatoriedade do imposto sindical e venezuelarmos – é isso que queremos para o Brasil?

Humberto Schuwartz Soares hs-soares@uol.com.br Vila Velha (ES)

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PRODUTIVIDADE BRASILEIRA

Em relação à matéria Como medir, aumentar e premiar a produtividade brasileira (Estado, 15/9, A14), no meu entender, a questão da baixa produtividade brasileira tem como uma das suas maiores causas a ausência de um projeto nacional concreto nas últimas décadas. Não se deve esperar grande coisa do próximo governo federal, tendo em vista que estamos há menos de um mês para a eleição e nenhum dos candidatos apresentou uma visão clara de como o País será administrado, preferindo divagar sobre questões menores e até sobre se a eleição como um todo é confiável. Nesse cenário, os (poucos) recursos disponíveis provavelmente continuarão a ser usados predominantemente como moeda de troca para garantir a manutenção do poder, sem qualquer preocupação com o efeito do gasto para o real desenvolvimento da Nação. Assim sendo, a importante discussão sobre a produtividade na economia brasileira só será relevante, no mínimo, para o governo federal que será eleito em 2026.

Fernando T. H. F. Machado fthfmachado@hotmail.com São Paulo

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MÃOS À OBRA

Alexandre de Moraes, o alienígena gerentão do inquérito do fim do mundo, segundo seu supremo colega Marco Aurélio Mello, alegando "que as investigações estão em andamento", com a Polícia Federal apurando se há relação com outros inquéritos, rejeitou enviar à primeira instância a ação que investiga empresários conservadores por conversas particulares no WhatsApp. Se os empresários não têm foro privilegiado, tampouco qualquer embocadura criminosa comprovada ao rigor da lei, ao atropelo das instâncias competentes de ofício, é absurdo e inconstitucional serem apenados e perseguidos por um bufão da instância suprema que submete a sua dignidade e honra aos vícios da moral e da competência definidos pela doutrina dos atos administrativos. Se "o uso do cachimbo faz a boca torta", que o diga o caso do ex-presidiário Lula, descondenado pelo STF em razão de um CEP indevido, por que os senadores não endireitam de vez as bocas tortas daquela Corte? A Carta Magna define o galho de cada macaco. Em 2 de outubro próximo o povo oferecerá novos cachimbos ao Senado Federal. Rabos soltos, mãos à obra.

Celso David de Oliveira david.celso@gmail.com Rio de Janeiro