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Eles investiram em chá de bolhas que veio de Taiwan e hoje faturam R$ 3,5 milhões

Bubble Mix vende chás diferentes, com bolinhas que estouram na boca ou pérolas caramelizadas de tapioca; franquia custa a partir de R$ 190 mil

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Foto do author Felipe Siqueira

Com o intuito de fisgar um mercado que indicava estar em ascensão no mundo e que ainda não tinha muita representatividade no Brasil, um trio de brasileiros resolveu investir no ramo de chás. Mas não no estilo tradicional da bebida. Decidiram apostar em um estilo que consideravam inovador.

Em 2012, veio a ideia. Dois anos depois, a primeira loja. Em 2016, o início da expansão por meio de franquias. Atualmente, eles têm mais de 80 unidades no País, com planos para internacionalização da marca. Conheça, a seguir, a história da Bubble Mix, especializada em “chá de bolhas”.

O produto

O que é o chá de bolhas? Rodrigo Balotin, atual CEO da companhia, descreve: “É um produto à base de chá preto. O diferencial é que colocamos outros ingredientes, o que torna o produto algo completamente diferenciado”.

Além do chá em si, é possível selecionar sabores de acompanhamentos - tanto líquidos quanto sólidos.

Chás da Bubble Mix têm "bolhas". Foto: Divulgação/Bubble Mix

Durante o processo de preparo, existe um shaker utilizado para misturar o chá. Neste processo já são liberadas bolhas no líquido. Além disso, existe a adição de sólidos que podem ser:

  • jelly beans
  • bolinhas, que também são chamadas de popping, que estouram em contato com a boca
  • pérolas caramelizadas de tapioca, que remetem às origens do produto
Da esquerda para a direita: o CEO, Rodrigo Balotin, o CPO, Alex Lin, e o COO, Rogério Arcanjo Foto: Mario Santana/Divulgação/Bubble Mix

“O grande destaque é que é possível fazer essas combinações diferentes. Dá para escolher um chá com uma essência de suco de morango e uma bolinha de maçã verde. Isso dá um aspecto lúdico para a bebida”, explica o COO da marca, Rogério Arcanjo.

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Como conheceram o produto?

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O produto é internacionalmente conhecido e tem sua origem datada dos anos 1980, em Taiwan. O terceiro sócio da empresa, o CPO, Alex Lin, tem ascendência taiwanesa. E, na infância, já havia provado da iguaria. Mas terem um negócio voltado para esse produto específico com alguém de origem taiwanesa na direção da empresa não passa de uma coincidência, de acordo com o grupo.

Amigos de infância, Lin e Balotin cresceram em Foz do Iguaçu, no Paraná. O pai de Lin trabalha com importação e, por inúmeras vezes, ia para o Paraguai.

Em uma dessas viagens, eles tiveram contato com uma operação de bubble tea. Depois, Balotin foi junto para conhecer. A dupla maturou a ideia de terem um negócio nessa linha porque estavam vendo a ideia crescer na Ásia e especialmente na Europa.

À época, Arcanjo dividia apartamento com Lin e, quando a dupla importou alguns produtos para testar com amigos e família, ele foi uma das primeiras “cobaias”. Em pouco tempo, estava dentro do projeto, formando o grupo atual.

Entre 2012 e 2014, fizeram o plano de negócios da marca. Em 2014, abriram a primeira unidade e, em 2016, começaram a expandir a empresa por meio de franquias: “Eu venho do universo de startups, então, para mim, negócio tem que escalar. E o modelo para isso é franquia”, diz o CEO.

Atualmente, eles contam com 88 operações - sendo que todas são franquias. Há um planejamento para criação de uma unidade própria, para trabalhar o conceito da marca.

Opiniões de clientes

No ReclameAqui, há registro de 22 reclamações à empresa Bubble Mix. Na plataforma, a nota da marca é 7,3, considerada pelo sistema como de “boa reputação”. Em 100% dos casos houve retorno da empresa ao reclamante.

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No Google My Business, não há uma avaliação geral da empresa, mas, sim, de cada unidade. Portanto, para saber de cada uma, é necessário pesquisar especificamente a desejada.

No Estado de São Paulo, é possível encontrar uma unidade em São Caetano do Sul, no ABC Paulista. A nota desta unidade é 4,4, dentre 34 avaliações. As notas mais baixas são quatro posts de apenas uma estrela e um de três - sendo que o máximo de nota é cinco.

Vale ressaltar que os autores das avaliações não podem ser verificados. Eventualmente, comentários positivos ou negativos podem ser uma ação deliberada - a favor ou contra a empresa.

Quais os riscos de investir em um produto diferente?

De acordo com o consultor de negócios do Sebrae-SP Marcelo Souza Santos, existe uma “via de mão dupla” quando falamos de empreendimentos considerados nichados, especialmente os mais inovadores.

O lado bom é que há uma boa chance de a concorrência ser menor e, além disso, o território a explorar ser enorme.

O ponto de atenção, porém, fica por conta do fato de não existir um mercado amplamente explorado para que se saiba com mais certeza o que pode - ou não - dar certo. Com isso, há mais espaço para experimentações, mas, também, o risco de dar errado aumenta.

“Os cuidados básicos são os mesmos para qualquer franquia, como pesquisar sobre a marca, checar os procedimentos, conversar com franqueados e desfranqueados. Enfim, o que é estabelecido na lei do setor (nº 13.966/2019)”, explica o especialista.

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Com nichos muito específicos, o cuidado precisa ser maior. “Especialmente se for um mercado que não é tão consolidado, como fast foods e lojas de roupas, por exemplo”, finaliza.

Raio-x da franquia

Confira, a seguir, os raio-x completos de franquias da marca.

Modelo quiosque

  • Investimento inicial: R$ 190 mil
  • Faturamento médio mensal: R$ 43 mil
  • Lucratividade média: 15%
  • Prazo de retorno: de 20 a 24 meses
  • Prazo de contrato: 5 anos
  • Royalties: 5%

Modelo loja

  • Investimento inicial: R$ 215 mil
  • Faturamento médio mensal: R$ 43 mil
  • Lucratividade média: 15%
  • Prazo de retorno: de 20 a 24 meses
  • Prazo de contrato: 5 anos
  • Royalties: 5%
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