Ao comentar a pesquisa Ibope/TV Globo/Estado divulgada nessa quarta-feira, 14, a candidata do PMDB à Prefeitura de São Paulo alfinetou os adversários diretos João Doria (PSDB) e Fernando Haddad (PT), apontando o risco que seria eleger alguém sem experiência executiva. Marta, por outro lado, preservou Celso Russomanno (PRB), que só exerceu cargos no Legislativo.
"Fico contente (com o resultado) e um pouco preocupada com o crescimento do Doria. Ninguém elege uma pessoa que não tem nenhuma experiência impunemente. Veja o exemplo do Haddad, do Pitta e da Dilma", disse a peemedebista após visitar o Mercado Municipal da Lapa e ruas do bairro.
A pesquisa divulgada na quarta-feira aponta empate técnico na segunda colocação entre Marta e Doria, com 20% e 17% respectivamente. Ambos cresceram em relação ao levantmento feito pelo mesmo Instituto em agosto, quando a peemedebista tinha 17% e o tucano registrava 9%. Russomanno segue na liderança com 30%, três pontos a menos que tinha em agosto.
Lula. Marta disse que o indiciamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é uma decepção para os eleitores do petista. "É triste ter um ex-presidente nessa situação. É uma grande decepção para os eleitores dele que acreditaram num Brasil diferente", disse. Na opinião da peemedebista, que foi filiada ao PT por 20 anos, o indiciamento de Lula não interfere na campanha em São Paulo.
Marta e Russomanno escolheram o bairro da Lapa para fazer campanha nesta quinta-feira, 15. Por uma diferença de cerca de uma hora, os adversários não se encontraram no Mercado Municipal.
Russomanno. O candidato do PRB disse que o comentário feito por Marta, de que seria uma temeridade São Paulo eleger um candidato sem experiência no Executivo, "não acrescenta em nada". "Ela foi prefeita pela primeira vez e tinha vindo do Legislativo. Esse tipo de comentário não acrescenta em nada. Mando um grande beijo para ela e desejo sorte para ela na campanha", disse.
Sobre a pesquisa Ibope/TV Globo/Estado, que aponta um decréscimo dentro da margem de erro de suas intenções de votos, Russomanno disse que o resultado já era esperado. "Temos menos tempo de televisão. Com mais exposição os outros candidatos naturalmente tenderiam a crescer.Mas no segundo turno os tempos são iguais", disse.