Atualizado às 22h17
Brasília - Ato pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff em frente ao prédio da Petrobrás em Brasília reuniu, nesta sexta-feira, 13, oito manifestantes e 12 policiais militares. O movimento foi organizado, por redes sociais, pelo grupo "Revoltados Online". Marcado para as 17 horas, o protesto reuniu sete carros com adesivos e bandeiras que pediam o impeachment da presidente. Ao final, eles percorreram a esplanada de carro buzinando.
Para evitar confronto, eles mudaram a estratégia original e não passaram pela rodoviária da cidade, onde organizações como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) fazem ato nesta tarde pela defesa da democracia. Os manifestantes que estão em frente ao prédio da Petrobrás em Brasília criticaram o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por supostamente ter convocado o "exército do Stédile" para fazer frente às manifestações contrárias ao governo.
Uma das organizadoras do ato, a auditora aposentada do Tribunal de Contas da União (TCU) Claudia de Faria Castro, defendeu a saída de Dilma da Presidência da República, mas disse ser contrária à hipótese de intervenção militar. "Intervenção militar, a gente acha incogitável", afirmou. "Precisamos dar um recado. Acho que o povo tem de amadurecer. Nosso objetivo é dizer que estamos atentos. Não queremos deixar espaço para quem não nos representa", declarou a manifestante, dizendo acreditar que o impeachment seria capaz "de resolver a curtíssimo prazo os problemas do País".
O professor de inglês e filosofia Edgar de Souza, de Campinas, disse que esta em Brasília há três dias para reforçar o movimento. Segundo ele, a presidente Dilma desrespeita a Constituição e que, por isso, pode ser impedida. "O governo perdeu a moralidade, a eficiência e não tem transparência. Collor foi cassado por muito menos. Temos um desmando no governo", afirmou.