PUBLICIDADE

Foto do(a) blog

Notícias e artigos do mundo do Direito: a rotina da Polícia, Ministério Público e Tribunais

Com filho de 12 anos, ‘Japa do PCC’ ganha domiciliar e tornozeleira

Karen de Moura Tanaka Mori está presa preventivamente por suspeita de lavar dinheiro para a facção, mas poderá cumprir cautelar em casa para cuidar do filho menor de idade

PUBLICIDADE

Foto do author Rayssa Motta
Foto do author Fausto Macedo

Karen de Moura Tanaka Mori, a “Japa” do Primeiro Comando da Capital (PCC), recebeu autorização para cumprir a prisão preventiva em casa com tornozeleira eletrônica. Ela é suspeita de lavar dinheiro para a facção criminosa.

PUBLICIDADE

O juiz Guilherme Eduardo Martins Kellner, da 2.ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Capital, levou em consideração que ela tem um filho de 12 anos e que não é investigada por um crime violento.

“Apesar da gravidade dos fatos e dos indícios de autoria que pairam contra a indiciada, concluo, em observância ao Código de Processo Penal, que ela faz jus à prisão domiciliar”, diz a decisão.

A investigação que levou à prisão de Karen é um desdobramento da Operação Escudo, na Baixada Santista. Ela é viúva de Wagner Ferreira da Silva, o “Cabelo Duro”, um dos principais líderes do PCC na região, assassinado em 2018.

Dinheiro apreendido no aparamento de Karen de Moura Tanaka Mori. Foto: Divulgação/SSP

No apartamento dela, no Tatuapé, na zona leste da capital paulista, os policiais apreenderam R$ 1 milhão e US$ 50 mil em espécie.

Publicidade

A investigação aponta que, após a morte de Wagner, Karen e seus familiares movimentaram mais de R$ 35 milhões. A evolução patrimonial chamou a atenção do Ministério Público. Para os promotores, eles são “laranjas” do PCC.

“Há informações de que a indiciada continua atuando e tem grande prestígio junto ao PCC, administrando os bens ocultados das autoridades com a ajuda de outros indivíduos que nela tem confiança para as operações”, escreveu o juiz ao autorizar a prisão domiciliar.

COM A PALAVRA, A DEFESA DE KAREN

A reportagem entrou em contato com a defesa de Karen e aguarda resposta. O espaço está aberto para manifestação.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.