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A Polícia Federal realiza na manhã desta quinta-feira, 19, em Brasília, buscas no gabinete do líder do governo no Senado, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE). O apartamento do senador e no gabinete do deputado federal Fernando Filho (DEM-PE), filho de Bezerra, também são alvos de buscas, além de endereços em Pernambuco ligados aos dois.
Em entrevista na entrada do prédio onde mora, em Brasília, o senador informou que colocou o cargo de líder do governo à disposição.
As ações fazem parte da Operação Desintegração, desdobramento da Operação Turbulência, e foram autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a PF, foram expedidos ao todo 52 mandados de busca e apreensão para apurar um esquema de propinas pagas por empreiteiras - que executavam obras custeadas com recursos públicos - em favor de autoridades.
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Os parlamentares são alvo de investigação por suposta ligação com irregularidades e propinas em obras públicas, entre elas a da transposição do São Francisco. A informação foi divulgada pela GloboNews e confirmada pela reportagem do Estadão.
Os mandados de busca e apreensão foram expedidos a pedido do ministro Luís Roberto Barroso. Segundo o criminalista André Callegari, que defende o senador Fernando Bezerra e seu filho, o deputado federal Fernando Filho, a Procuradoria Geral da República opinou contra as buscas, afirmando que 'a medida teria pouca utilidade prática'.
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Bezerra foi ministro da Integração do governo Dilma Rousseff, quando ainda estava no PSB, e foi líder de Michel Temer no Senado no ano passado. Em Pernambuco, seu reduto eleitoral, foi secretário no governo de Eduardo Campos, morto em 2014.
Ao todo, o senador é alvo de cinco inquéritos, dois deles por supostos crimes contra a lei de licitações quando era prefeito de Petrolina, dois do período em que era secretário estadual e um da época em que foi ministro.
COM A PALAVRA, O ADVOGADO ANDRÉ CALLEGARI, QUE DEFENDE FERNANDO BEZERRA E O DEPUTADO FERNANDO COELHO FILHO
"Causa estranheza à defesa que medidas cautelares sejam decretadas em razão de fatos pretéritos que não guardam qualquer razão de contemporaneidade com o objeto da investigação. A única justificativa do pedido seria em razão da atuação política e combativa do senador contra determinados interesses dos órgãos de persecução penal. A defesa ainda não teve acesso ao pedido e à decisão do ministro que autorizou as medidas, mas pode afirmar que as medidas são desnecessárias e extemporâneas".