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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia, com Eduardo Gayer e Augusto Tenório

BNDES libera R$ 80 mi para megaobra no ABC paulista e anima PT, que tenta retomar cinturão

Banco público vai financiar parte das obras do BRT, sistema de ônibus elétrico para ligar a região metropolitana de São Paulo à capital; Luiz Marinho comemora notícia

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Foto do author Eduardo Gayer

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), presidido pelo petista Aloizio Mercadante, aprovou um financiamento de R$ 80 milhões para a construção do sistema de ônibus de trânsito rápido (BRT) do ABC paulista. A notícia animou o PT, que nas eleições municipais quer retomar o antigo cinturão no ABC e eleger o aliado Guilherme Boulos (PSOL) à Prefeitura de São Paulo.

Como mostrou o Estadão, sem candidato próprio na capital pela primeira vez, o PT foca em conquistar ao menos três das sete prefeituras do ABC paulista em 2024. A prioridade é São Bernardo do Campo, onde o candidato será o deputado estadual Luiz Fernando Teixeira (PT), irmão do ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira. A missão de reconquistar São Bernardo, berço político do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é tratada como uma “questão de honra” no PT.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, com o presidente Lula e a primeira-dama Janja da Silva.  Foto: WILTON JUNIOR / ESTADÃO

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O BRT-ABC tem entrega prevista para o fim de 2024, investimento total de R$ 1,2 bilhão, e espera atender 200 mil passageiros por dia útil. O sistema pretende ligar, por meio de corredores exclusivos para os ônibus elétricos de alta velocidade, a região metropolitana à capital paulista. O crédito do BNDES será gerido por uma concessionária estadual a uma taxa de juros será de 4,5% ao ano.

Ex-prefeito de São Bernardo do Campo, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho (PT), foi um dos que comemoraram o financiamento do BNDES. “É uma excelente notícia para o ABC, e em especial para a população de São Bernardo”, afirmou à Coluna. Por ora, não há expectativa de uma cerimônia de assinatura do empréstimo, mas o PT vai colar o financiamento à megaobra ao governo Lula.

De acordo com Mercadante, presidente do BNDES e ex-senador por São Paulo, o banco atua para “alavancar o desenvolvimento” de “forma republicana”. “Este projeto específico é estruturante para a região metropolitana de São Paulo e avançamos na transição energética, por se tratar de um financiamento de mobilidade urbana com matriz elétrica”, declarou.

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O BRT no ABC paulista contará com 92 ônibus elétricos que ligarão São Paulo aos municípios de Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.

Lula e Haddad serão cabos eleitorais em São Paulo; Alckmin pode estar em palanques distintos

O presidente Lula será o principal cabo eleitoral do PT em São Paulo e arredores, mas o ministro da Fazenda e ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, também será convocado para as campanhas. Na capital, p o PT trabalha para trazer de volta à sigla a ex-prefeita Marta Suplicy (sem partido) e indicá-la para a vice de Boulos. Neste sábado, Lula colocou Boulos no palanque de um evento do Minha Casa, Minha Vida, antecipando a corrida eleitoral.

A equação política em São Paulo, porém, é delicada, já que Marta é secretária de Relações Internacionais do prefeito Ricardo Nunes (MDB), pré-candidato à reeleição e principal rival de Boulos. Como revelou a Coluna, Lula e Marta devem se encontrar pessoalmente ainda em dezembro para negociar a aliança.

Já o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) vai apoiar a deputada federal Tabata Amaral (PSB) à Prefeitura de São Paulo, sem repetir a dobradinha com Lula que saiu vitoriosa nas eleições de 2022.

Em Osasco, o ex-prefeito e deputado federal Emídio de Sousa (PT), amigo pessoal de Lula, tentará retornar ao poder municipal. O prefeito de Diadema, José de Filippi Júnior (PT), tentará a reeleição.

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