Enquanto a disputa pela sucessão de Gleisi Hoffmann na presidência nacional do PT está deflagrada, o debate sobre a próxima Executiva do partido em São Paulo, maior colégio eleitoral do País, está paralisado. De acordo com petistas, o assunto só deve tomar corpo após as eleições municipais.
O atual presidente do PT-SP, o deputado federal Kiko Celeguim, tem direito a mais um mandato, mas prefere não se antecipar. “Vamos esperar o resultado das urnas. De alguma maneira, as eleições municipais podem aferir o trabalho da atual direção”, afirmou à Coluna do Estadão. Eleito para a vice-presidência do partido no Estado, ele assumiu o comando após Luiz Marinho deixar o cargo para comandar o Ministério do Trabalho do governo Lula.
Citada por dois petistas como uma possível candidata à presidência do PT paulista, a deputada estadual Professora Bebel nega interesse, neste momento, na disputa. “Ainda estamos muito focados nas eleições municipais, só depois vamos ter as discussões internas. A gente costuma reconduzir quem está na presidência. Kiko tem conduzido bem o partido”, declarou a pré-candidata a prefeita de Piracicaba.
Em fevereiro de 2025, o PT vai renovar todas as suas Executivas municipais, estaduais e federal. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já manifestou nos bastidores que deseja ver o prefeito de Araraquara, Edinho Silva, como sucessor de Gleisi. Mas a própria dirigente da sigla tem preferência pelo líder do governo na Câmara, José Guimarães.
Como mostrou a Coluna do Estadão, a velha guarda do PT, incluindo o ex-ministro José Dirceu e o ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha, apoiam Edinho.
