Num jantar na noite dessa quarta-feira, 31, com advogados e empresários, a candidata do PSB à Prefeitura de São Paulo, Tabata Amaral, foi cobrada a se manifestar sobre a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin, seu correligionário, na posse do presidente do Irã na última terça-feira, 30. Tabata evitou comentários, mas disse que Alckmin cumpria missão institucional do governo Lula. Procurada pela Coluna do Estadão, a candidata não quis comentar.
A presença de Alckmin na posse do presidente iraniano Masoud Pezeshkian também chamou atenção porque o evento teve a presença de Ismail Haniyeh, líder do Hamas morto por um ataque aéreo horas depois, em Teerã. Durante a solenidade, o chefe do grupo terrorista ficou a poucos metros de distância do vice-presidente brasileiro.

O jantar foi na casa da professora e advogada Nina Ranieri. Havia cerca de 50 pessoas. De acordo com relatos feitos à Coluna do Estadão, Tabata ainda foi cobrada sobre a possibilidade de seu partido apoiar Boulos, se ela não estiver no segundo turno. A parlamentar reforçou que ela mesma não se uniria a ninguém.
Como mostrou a Coluna em maio, Tabata sinalizou que ficaria neutra num eventual segundo turno entre o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), e o deputado Guilherme Boulos (PSOL). A parlamentar afirmou que, em caso de revés no primeiro turno, começará a trabalhar seu nome para a próxima campanha municipal no dia seguinte
Entre os presentes no jantar, alguns já fizeram doações ou têm a intenção de fazer. Mas disseram à Coluna temer dar musculatura a outras campanhas e pensamentos do PSB bem diferentes das ideias defendidas por Tabata. A exposição da candidata sobre suas propostas para educação, saúde e segurança pública animou o grupo.
