A direção da Bancoop negou categoricamente envolvimento em práticas criminosas e formação de caixa 2 para abastecer campanhas do PT. Por nota, a cooperativa informou que "já interpelou judicialmente todos que fizeram denúncias ou acusações levianas contra a entidade sem a devida comprovação para que confirmem as mesmas". Segundo a Bancoop, "depoimentos colhidos fora do âmbito judicial não possuem valor". O texto diz que Hélio Malheiro "e todos que fizerem o mesmo (denúncias)" serão interpelados. A Bancoop destacou que ingressou com ação contra Malheiro "porque o mesmo não honrou os pagamentos da sua casa pertencente a uma seccional da cooperativa e o Tribunal de Justiça deu o direito para a Bancoop reaver o imóvel". A reintegração deverá ocorrer nos próximos dias. "A Bancoop ingressou, também, com ação contra o sr. Hélio Malheiro porque o mesmo não recolheu impostos e contribuições trabalhistas de seus empregados, bem como não honrou o pagamento dos salários dos mesmos", acrescenta a nota. A direção da entidade observou que "foi apenas após a morte do antigo presidente da Bancoop (Luís Malheiro) que a atual diretoria tomou conhecimento de que ele possuía um irmão". Segundo a sua assessoria de imprensa, a cooperativa "continuará exercendo o seu direito de cobrar judicialmente todos aqueles que divulgam informações caluniosas contra a entidade e/ou que de alguma maneira a prejudicaram". O criminalista Luiz Flávio Borges D?Urso, que defende a Bancoop, declarou: "Não há na Bancoop desvio de dinheiro, nem financiamento de campanha ou dinheiro para partido político. A Bancoop é uma cooeperativa que angaria recursos dos cooperados para levantar os prédios de apartamentos e entregá-los aos cooperados." D?Urso anotou: "Que houve desequilíbrio financeiro na gestão anterior à atual é fato, mas isso se deu por conta de inadimplemência de cooperados. Falta dinheiro para levantar o prédio, a obra atrasa. E aí atrasa a entrega dos apartamentos. Isso gerou algum descontentamento por parte dos cooperados. Não tem nada a ver com desvio de dinheiro, tem a ver com fluxo natural dos recursos da cooperativa, que depende da pontualidade dos pagamentos dos cooperados." Sobre a denúncia de Malheiro, o advogado advertiu: "Desconhecemos o depoimento, mas a atual administração da Bancoop reitera que essas acusações não procedem." D?Urso lembrou que a gestão João Vaccari Neto "saneou a empresa e equilibrou suas finanças, inclusive providenciou auditoria independente, o que demonstra a lisura da sua administração".
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