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CPI: delegado do caso Kroll defende autonomia da PF

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O delegado Élzio Vicente da Silva, que comandou a Operação Chacal, em que a Polícia Federal investiga suposta espionagem da Telecom Itália pela Kroll, defendeu em depoimento à CPI dos Grampos hoje, na Câmara dos Deputados, mais autonomia da PF para recebimento, por parte de operadoras de telefonia, de dados cadastrais de clientes investigados pela corporação. Silva repetiu o discurso feito ontem pelo também delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz, em depoimento sobre a Operação Satiagraha. "Em um dos sorteios do programa do Faustão (da TV Globo), a identificação de chamada era feita on line. Eu lembro que um dos autores de ligações para a Rede Globo foi um telefone do Corpo de Bombeiros. A identificação de chamada e do proprietário da linha era feita pela Globo. Por que a autoridade policial, em investigação, tem que primeiro acordar o juiz de madrugada, acionar o Oficial de Justiça de plantão e levar ao procurador para se manifestar?", questionou. O delegado depôs hoje pela terceira vez na CPI. Ele reclamou da demora no acesso aos dados cadastrais de clientes telefônicos advertindo que a lentidão já trouxe prejuízos às investigações da PF. "Até fazer tudo isso, morreu a vítima. O Faustão tem acesso a essa base de dados, a Polícia não tem". Em depoimento de cerca de duas horas, o delegado confirmou que a Kroll foi contratada por um grupo para fazer investigação empresarial. "Tanto é que há ações correndo na Justiça", disse, sem detalhar a investigação com o argumento de que ela corre em segredo.

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