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Destino de Bolsonaro tem que ser a cadeia, diz Gleisi em encontro do PT

Presidente do Partido afirma ainda que governo petista não tem que dar satisfação ao mercado

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Foto do author Levy Teles
Atualização:

BRASÍLIA — A presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), defendeu a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro nesta sexta-feira, 8, ao discursar na conferência nacional do partido. Gleisi também centrou críticas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ao Centrão e ao mercado.

“O Brasil só não cresceu mais por causa da maior taxa de juros, por um presidente do Banco Central indicado por Bolsonaro, cujo presidente continua sabotando o Brasil, apesar de suas convicções neoliberais serem derrotadas nas urnas” disse. “Não precisamos prestar contas ao mercado, precisamos prestar contas ao povo brasileiro.”

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Ela também pediu a punição dos golpistas que realizaram o ataque às sedes dos Três Poderes, no 8 de janeiro “(Os golpistas) precisam responder pelo que fizeram, precisam pagar pelos seus erros. E o destino de Bolsonaro não pode ser somente a inelegibilidade: terá de ser também a cadeia”, afirmou. Gleisi ainda pregou que a esquerda deve enfrentar também o bolsonarismo.

“Precisamos enfrentar essa gente. Com a extrema-direita não se brinca, não se dá anistia. Não basta só mostrar os bons programas, é preciso mostrar a destruição que Bolsonaro e sua turma fizeram com o Estado brasileiro. Esse campo político não pode baixar a guarda. Se isso acontecer, apesar de tudo o que aconteceu com eles, poderão voltar. Em luta, nós derrotamos o Bolsonaro, mas temos que derrotar o bolsonarismo. E vamos fazê-lo”.

A presidente do PT Gleisi Hoffmann disse que Jair Bolsonaro deve ir para a cadeia Foto: Adriano Machado/ Reuters

Gleisi não fez menção direta ao Centrão, mas repetiu o que dizia o texto preliminar do partido, aprovado também nesta sexta-feira, trocando o termo por “forças conservadoras”. Ela disse que esse grupo foi “fortalecido pelo orçamento impositivo e o orçamento secreto exerce influência forte no Executivo e no Legislativo”, afirmou.

O evento reuniu mais de 5 mil petistas, entre eles o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-dama, Janja da Silva, assim como governadores eleitos da sigla. São eles Jerônimo Rodrigues (Bahia), Fátima Bezerra (Rio Grande do Norte), Rafael Fonteles (Piauí) e Elmano de Freitas (Ceará). Estiveram também os principais deputados e senadores.

Lula esteve acompanhado de não-petistas, como o vice-presidente, Geraldo Alckmin, e ministros como Nísia Trindade (Saúde) e Luciana Santos (Ciência e Tecnologia). O evento homenageou o ex-presidente do PT Marco Aurélio Garcia, morto em 2017.

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