Políticos e analistas tiram duas avaliações iniciais do Datafolha divulgado ontem e que era esperado com ansiedade na 3.ª via. A primeira é a de que, apesar de a consolidação no centro ajudar a organizar as forças que resistem à polarização, a cada desistência nesse espectro ganha força o fla-flu entre Lula e Bolsonaro. A segunda é a de que o presidente patina quando investe no esgarçamento institucional. Felipe Nunes, que lidera a pesquisa Quaest, consumida por investidores, diz que seu levantamento já indicava que Bolsonaro perdeu fôlego em maio, provavelmente em razão do caso Daniel Silveira e da economia. "Todo o esforço de descontrole fiscal não está gerando votos. Ao contrário, está fazendo perdê-los do outro lado", diz.
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DÚVIDA. Entre aliados do presidente e também na terceira via, o clima era de descrença na pesquisa que apontou Lula com 48% e Bolsonaro com 27% no 1.º turno. "Por que essa pesquisa está certa e as outras erradas?", disse um aliado de Eduardo Leite (PSDB). Bolsonaristas também fizeram piadas. Tecnicamente, pesquisas de metodologias diferentes são incomparáveis.
FÉ. Já na campanha de Lula, a avaliação é a de que os números ajudam a pressionar Gilberto Kassab (PSD) e "tucanos históricos" a se aliarem ao PT ainda no 1.º turno. O partido crê que herdou votos de João Doria (PSDB) com a saída dele da disputa.
TORCIDA. O presidente do MDB, Baleia Rossi (SP), minimizou o resultado e celebrou o fato de Simone Tebet (MDB) ter oscilado de 1% para 2%. Um "aumento de 100%", em suas palavras. A mudança está dentro da margem de erro.
PRONTO, FALEI. Jorginho Mello (PL), pré-candidato ao governo de SC.
"Vou ser governador, então não quero que diminua a alíquota. É algo que vai impactar todos (os Estados)", disse o senador, sobre projeto que limita o ICMS a 17%.
CLICK. Arthur Lira, presidente da Câmara (PP-AL)
Debateu com os deputados Felipe Rigoni (PSB-ES) e Marcel Van Hattem (NOVO-RS) a viabilidade de projeto que limita poderes do Fisco ao aplicar multa.
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