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Pai de Lira passa mal em posse de deputados na Câmara

Virtualmente reeleito, Arthur Lira passa por susto com desmaio do ex-senador Benedito de Lira e confirma renúncia de mulher de ministro de Lula

Foto do author Felipe Frazão
Por Felipe Frazão
Atualização:

BRASÍLIA - Candidato mais forte para se eleger presidente da Câmara novamente, o deputado Arthur Lira (Progressistas-AL) passou por um momento de tensão na manhã desta quarta-feira, dia 1º. Lira presidia a sessão de posse dos eleitos quando seu pai, o ex-senador Benedito de Lira, passou mal e desmaiou no plenário.

Biu de Lira, como é conhecido politicamente, teve de ser socorrido às pressas. Arthur Lira estava na mesa e desceu para acudir o pai. Ao retornar, cerca 30 minutos depois, foi aplaudido pelos pares, emocionado. A sessão foi temporariamente interrompida, quando o ex-senador era retirado por socorristas em uma maca.

Arthur Lira disputa a reeleição para a presidência da Câmara Foto: EFE / EFE

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Alguns parlamentares que são médicos saíram da Câmara para levar o ex-senador, prefeito de Barra de São Miguel (AL), ao hospital. Foi o caso de Dr Luizinho (Progressistas-RJ) e Dimas Gadelha (PT-RJ).

Antes, Lira formalizou a renúncia da deputada federal Rejane Dias (PT-PI). Ela será substituída por Merglong Solano (PT-PI). Ela havia informado à Câmara que abriria mão do mandato para assumir o cargo de conselheira no Tribunal de Contas do Estado do Piauí. Já foi empossada e atualmente é controladora interna da corte de contas estadual.

Rejane Dias havia sido reeleita e é mulher do ministro petista Wellington Dias (Desenvolvimento Social), ex-governador e senador eleito pelo Piauí.

A cerimônia de posse é protocolar e precede a eleição para a Mesa Diretora da Câmara. Lira é o favorito com amplo apoio da esquerda e da direita. Ele manteve com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a aliança que fizeram com o antecessor, Jair Bolsonaro. O Palácio do Planalto não lançou candidato contra Lira.

Na posse, o presidente da mesa convoca nominalmente os parlamentares, em ordem alfabética dentro de cada bancada estadual, a prestar juramento do plenário. Eles fazem o gesto com o braço esticado e repetem “assim o prometo”.

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A maioria é ouvida de forma precária, porque os deputados falam no burburinho, fora do microfone, no meio do plenário, onde estão a maior parte dos 513 deputados e convidados.

Muitos não estavam no plenário e foram repreendidos por Lira, avisados de que os ausentes, sem justificativa, na segunda chamada não seriam considerados empossados.

Alguns pediram para tomar posse por meio virtual, como Talíria Petrone e Glauber Braga, ambos do PSOL do Rio.

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