As suspeitas de cartel e pagamento de propina no Brasil são investigadas em quatro frentes. A primeira está no inquérito que a Polícia Federal em São Paulo quer enviar agora para Brasília. Essa investigação, de 2008, tem contratos de trens e metrô como alvo, conta com a colaboração de autoridades suíças e é acompanhada pelo Ministério Público Federal em São Paulo. Seis pessoas já foram indiciadas, entre elas ex-diretores de estatais paulistas.
A segunda frente é tocada pelos promotores paulistas. O Ministério Público Estadual tem 45 inquéritos civis abertos sobre contratos do Metrô e da CPTM e um criminal, que lida com suspeitas de propinas.
Já o Conselho Administrativo de Defesa Econômica é responsável pela frente concorrencial. Em maio a empresa alemã Siemens fechou um acordo com o órgão federal no qual admitiu o cartel. Quer, em troca, reduzir futuras sanções. O processo do Cade só deve ser aberto em 2014.
Há um outro inquérito sobre o cartel tocado pela Polícia Federal em São Paulo, mas focado em contratos de energia da empresa francesa Alstom com o governo paulista. Nessa quarta frente de investigação, já há 11 pessoas indiciadas.