De moletom, casaco e capa de chuva, foliões encaram sábado de carnaval em SP

Frequentadores cobriram fantasias com roupas para driblar a chuvinha e a temperatura abaixo dos 20°C; foliã até tomou própolis antes de ir a bloco

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Por Priscila Mengue
Atualização:
O carnaval é o período de maior faturamento para boa parte dos vendedores ambulantes Foto: Felipe Rau/Estadão

SÃO PAULO - O sábado de carnaval começou com temperatura pouco abaixo dos 20°C e garoa na cidade São Paulo. Com o tempo não tão convidativo, os foliões tiveram que se adaptar com casacos, moletons e sombrinhas, enquanto vendedores  ambulantes aproveitavam para vender capas de chuva.

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A psicológa Lígia Martins, de 26 anos, resolveu trazer um adereço da fantasia de água-viva que usou no carnaval passado: uma sombrinha translúcida com fitas coloridas. "Se tornou muito útil, ajuda a proteger. E ainda virou um ponto de referência para encontrar os amigos."

Ela estava com outros quatro amigos, que não cogitaram deixar de vir por causa do friozinho e foram ao Tarado Ni Você, um dos blocos mais populares do centro e focado em canções de Caetano Veloso. O bloco está em concentração desde às 10 horas na esquina das Avenidas Ipiranga e São João, na República, e deve iniciar o desfile ao meio dia.

"É sábado de carnaval. Qualquer coisa, a gente vai para casa depois desse e descansa. Se fosse terça de carnaval, talvez fosse diferente", conta a também psicóloga Gabriela Freitas, de 27 anos.

Da esquerda para a direita: Victor Carvalho, Gabriela Freitas, Tássia Almeida, Lígia Martins e Julia Forbes Foto: Priscila Mengue

A produtora cultural Adriana Ribeiro, de 39 anos, colocou uma jaqueta roxa sobre a fantasia, de estampa de onça. "Quando vi o tempo ontem, pensei que talvez tivesse que rolar uma jaqueta para evitar a fadiga da gripe. A ideia é tirar quando esquentar", conta. "Não pensei em desistir. Venho sempre." 

O biomédico Rafael Bacalhau, de 29 anos, conta que a jaqueta preta que colocou sobre a camiseta e a bermuda teve um ponto positivo: "esconde a pochete, me sinto mais seguro".

Já o malabarista Cafiotta, de 41 anos, finalmente utilizou a capa de chuva vermelha que guardava em casa. Também pegou o tênis mais velho, "meio furado". "Já tinha em casa, a gente vem sempre preparado", conta ele, que estava com uma amiga, também de capa de chuva.

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Foliões levaram também muitas peças coloridas para o bloco de carnaval Foto: Felipe Rau/Estadão

Além do guarda-roupa não convencional para a festa, foliões também aderiram a outras estratégias. "Tomei própolis para não gripar", conta a cineasta Flora Dias, de 34 anos. 

A programação de carnaval de rua de São Paulo começou no dia 14 e se estende até 1° de março, com 678 desfiles. O Tarado Ni Você, que estreou em 2014, é um dos 39 megablocos da cidade (classificação referente àqueles que carregam mais de 40 mil foliões). 

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