Muitos homens lavam o pênis de forma errada e ficam suscetíveis a doenças; saiba como higienizar

Higiene inadequada pode levar ao surgimento de infecções e até de câncer na região

PUBLICIDADE

Foto do author Lara Castelo
Por Lara Castelo

A higiene inadequada do pênis pode levar a consequências graves, como infecções e até ao surgimento de um câncer na região. Isso acontece porque, sem a limpeza correta, o órgão se torna um local propício para a proliferação de fungos e bactérias, o que está associado ao surgimento de doenças.

Higienização incorreta do pênis predispõe a problemas sérios, como câncer. Foto: andranik123/Adobe Stock

PUBLICIDADE

Importante destacar que os tumores na região costumam ter alto potencial de gravidade e, em alguns casos, o tratamento consiste na amputação do membro. De acordo com um levantamento feito pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), três em cada dez pacientes diagnosticados com câncer de pênis tiveram que recorrer à amputação nos últimos dez anos.

Apesar dos riscos, a falta de informação e os tabus em relação ao órgão fazem muitos homens cometerem erros na higienização.

Afinal, como deve ser feita a higiene do pênis?

De acordo com o urologista Walter da Costa, do A.C Camargo Câncer Center, em São Paulo, a higiene do órgão deve ser feita a partir da lavagem com água e sabão de todo o órgão – inclusive da glande (cabeça do pênis), que exige a retração do prepúcio (pele que encobre a glande) para ser devidamente higienizada.

“Por isso, pacientes que têm fimose (dificuldade de exposição da glande) devem recorrer ao tratamento cirúrgico (circuncisão), para que consigam realizar a higienização adequada do órgão”, esclarece.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a higiene do local deve ser feita rotineiramente e após relações sexuais e masturbação.

Vacinação e uso de preservativo

Há outras medidas que devem andar lado a lado com a higiene adequada no que diz respeito aos cuidados com o pênis e com a saúde de forma geral.

Publicidade

Nesse sentido, é importante destacar a vacinação contra o HPV. A sigla diz respeito ao papilomavírus humano, responsável pela infecção sexualmente transmissível (IST) mais frequente no mundo, segundo o Ministério da Saúde. Ainda segundo a pasta, a transmissão do HPV ocorre pelo contato direto com a pele ou mucosa infectada, ou seja, por toque, penetração vaginal ou anal, ou contato do vírus com a boca. Já foram identificados mais de 200 subtipos do vírus. Ele aumenta o risco de câncer de pênis entre os homens.

Atualmente, o imunizante contra o HPV está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para a população de 9 a 14 anos, para vítimas de abuso sexual e imunossuprimidos.

O uso de preservativos durante relações sexuais é mais uma medida essencial para a prevenção do HPV e de outros problemas de saúde.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.