Quase metade das espécies migratórias do mundo está em declínio, segundo novo relatório das Nações Unidas (ONU) divulgado nesta segunda-feira, 12.
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Uma grande diversidade de aves, tartarugas-marinhas, baleias, tubarões e outros animais migratórios se deslocam para diferentes ambientes com a mudança das estações do ano e estão em perigo devido à perda de habitat, caça e pesca ilegais, poluição e mudanças climáticas.
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Cerca de 44% desses animais em todo o mundo apresentam queda da população. Mais de um quinto das quase 1,2 mil espécies monitoradas pela ONU estão ameaçadas de extinção.
Esses seres são fundamentais para o equilíbrio das cadeias alimentares e também exercem funções como as de espalhamento de sementes e polinização, por exemplo.
“Estas são espécies que se movem pelo globo. Elas se deslocam para se alimentar e se reproduzir e também precisam de locais de parada ao longo do caminho,” disse Kelly Malsch, autor principal do relatório divulgado em uma conferência da ONU sobre vida selvagem no Uzbequistão.
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A perda de hábitat e outras ameaças em qualquer ponto de sua jornada podem levar a populações em declínio. “A migração é essencial para algumas espécies. Se você cortar a migração, você vai matar a espécie,” disse o ecologista Stuart Pimm, da Universidade Duke (Estados Unidos), que não esteve envolvido no relatório.
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O relatório se baseou em dados existentes, incluindo informações da Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza, que rastreia se uma espécie está em perigo.
Os participantes da reunião da ONU planejam avaliar propostas para medidas de conservação e também se devem listar formalmente várias novas espécies de interesse.
“Um país sozinho não pode salvar nenhuma dessas espécies,” disse Susan Lieberman, vice-presidente de política internacional na organização sem fins lucrativos Wildlife Conservation Society.
Na reunião, oito governos da América do Sul devem propor conjuntamente a adição de duas espécies de bagres amazônicos em declínio à lista do tratado da ONU de espécies migratórias de interesse, disse ela. A bacia do Rio Amazonas é o maior sistema de água doce do mundo.
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Em 2022, os governos se comprometeram a proteger 30% das terras e recursos hídricos do planeta para conservação na Conferência de Biodiversidade da ONU em Montreal, no Canadá. / COM ASSOCIATED PRESS
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