![](https://www.estadao.com.br/resizer/v2/NYOOLAR2GFM6BGF7LQQHWG6EMY.jpg?quality=80&auth=d2680fd5469318c1edc12a2a5a3d1b94ba39685f42da9e9a5e937a54574abbf2&width=380 768w, https://www.estadao.com.br/resizer/v2/NYOOLAR2GFM6BGF7LQQHWG6EMY.jpg?quality=80&auth=d2680fd5469318c1edc12a2a5a3d1b94ba39685f42da9e9a5e937a54574abbf2&width=768 1024w, https://www.estadao.com.br/resizer/v2/NYOOLAR2GFM6BGF7LQQHWG6EMY.jpg?quality=80&auth=d2680fd5469318c1edc12a2a5a3d1b94ba39685f42da9e9a5e937a54574abbf2&width=1200 1322w)
Muito antes da recente liberação da venda de remédios à base de maconha em farmácias, o Brasil já teve períodos em que a substância cannabis era comercializada livremente como medicamento. O uso da maconha com fins medicinais é descrito nas páginas do Estadão desde o fim do século 19.
"Um infeliz carregador de jornaes, atacado de violenta asthma com suffocações, ia ver-se obrigado a abandonar a modesta posição que lhe assegurava o pão, bem como à família, quando leu casualemente um jornal que tratava da efficacia dos Cigarros de Cannabis Indica da Grimault & C. Fez uso della, e tão satisfeito ficou que, no auge da alegria, escreveu que sem elles sua vida seria impossível", destaca o anúncio de 22 de maio de 1896.
![](https://www.estadao.com.br/resizer/v2/HVQUQI6E5ZLPHJ6UIZ2R3FLGYQ.jpg?quality=80&auth=468c4c658295f4571d2ebdb1c1f72be364f65fc21c36a8604228b8de569a1d78&width=380 768w, https://www.estadao.com.br/resizer/v2/HVQUQI6E5ZLPHJ6UIZ2R3FLGYQ.jpg?quality=80&auth=468c4c658295f4571d2ebdb1c1f72be364f65fc21c36a8604228b8de569a1d78&width=768 1024w, https://www.estadao.com.br/resizer/v2/HVQUQI6E5ZLPHJ6UIZ2R3FLGYQ.jpg?quality=80&auth=468c4c658295f4571d2ebdb1c1f72be364f65fc21c36a8604228b8de569a1d78&width=1200 1322w)
Como não havia restrição à droga – só em 1938 a substância foi considerada entorpecente – e o uso medicinal era corriqueiro, havia vários anúncios patrocinados por médicos e clínicas exaltando os benefícios da cannabis em tratamentos de saúde.
As principais indicações eram para problemas respiratórios como asma, bronquite e tosse. Os “cigarros índios” (cigarrettes indiennes) com a substância cannabis indica, do laboratório francês Grimault & Comp, eram vendidos sem restrições e seus benefícios eram veiculados em testemunhais na seção livre, a de pequenos anúncios, do jornal.
![](https://www.estadao.com.br/resizer/v2/XW5A6UMCRFKXLG25BFGPIC5XRY.jpg?quality=80&auth=b975269bf7fd3e39c50847c0a71fd5c090bff716f863d2951c34c156b3861cfe&width=380 768w, https://www.estadao.com.br/resizer/v2/XW5A6UMCRFKXLG25BFGPIC5XRY.jpg?quality=80&auth=b975269bf7fd3e39c50847c0a71fd5c090bff716f863d2951c34c156b3861cfe&width=768 1024w, https://www.estadao.com.br/resizer/v2/XW5A6UMCRFKXLG25BFGPIC5XRY.jpg?quality=80&auth=b975269bf7fd3e39c50847c0a71fd5c090bff716f863d2951c34c156b3861cfe&width=1200 1322w)
Além de problemas respitarórios, os remédios com maconha também eram indicados para insônia. Os “Cigarros Índios” (cigarrettes indiennes) com a substância 'cannabis indica' prometiam alívio imediato dos sintomas. Industrializados, os cigarros eram vendidos embalados e comercializados pelo laboratório francês Grimault & Comp.
Em 1919, a substância também aparecia como sugestão para o tratamento da gripe espanhola.
Leia também:
> Maconha: do uso medicinal a caso de polícia
> Aplicação de cocaína em extração dentária
# Assine | # Licenciamento de conteúdos Estadão
# Siga: twitter@estadaoacervo | facebook/arquivoestadao | instagram