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Aposentado é atacado por cão sem coleira e cadela de estimação morre no Espírito Santo

Animal da raça Shih-tzu não resistiu aos ferimentos após ataque de cachorro pastor belga

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Por Rodolpho Paixão

Câmeras de videomonitoramento em Vila Velha, na região metropolitana de Vitória, no Espírito Santo, flagraram, nesta sexta-feira, 9, o momento em que um cachorro da raça pastor belga avança, sem coleira ou focinheira, sobre um aposentado que caminhava pela calçada com sua cadela de estimação. Pérola, da raça Shih-tzu, tinha sete anos e foi morta no local, mesmo com a tentativa de socorro de seu dono.

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“Vi o cara com a coleira na mão no meio da rua e o cachorro solto e, na hora que eu virei, ele partiu para cima de mim. Tentei proteger meu pescoço e minha cadelinha, mas infelizmente não consegui. Estou com um turbilhão de sentimentos que não sei explicar, sabe? Uma revolta, uma raiva, uma saudade sem tamanho. Porque ela era minha companheirinha”, comentou Manoel Felizberto “Beto” Alvim, tutor de Pérola, ao Estadão.

Confirmando os relatos de Beto, os vídeos divulgados do fato registram a presença de um jovem portando uma coleira na mão, passos atrás do pastor belga. O jovem chega a ensaiar uma investida no momento em que o cachorro avança sobre Pérola, mas não chega a intervir no ataque. Ainda no vídeo, um motociclista tenta ajudar a socorrer a cachorra, mas sem sucesso.

“O dono apareceu aqui tentando se desculpar, mas não tem muito o que conversar. Ele quer se defender, pedir desculpas, tudo, mas tem coisa que não tem como”, disse Beto.

Cadela Pérola tinha sete anos e morreu após o ataque em Vila Velha Foto: Reprodução

Procurado, o dono do pastor belga preferiu não se manifestar publicamente, mas confirmou ter entrado em contato com a família dona da Shih-Tizu após o ataque. Já Beto e a família dizem estar estudando quais providências tomar. Apesar do susto e de pequenas escoriações pelo corpo, o aposentado passa bem.

Neta ainda não sabe

No dia do ataque, a neta de Beto teria pedido para acompanhar o passeio com a cadela. Entretanto, devido ao calor, o aposentado teria negado a ela sair com os dois. “Com muito custo eu consegui convencê-la a ficar com a avó. Poderia ter sido uma tragédia. Vai que o cachorro, em vez de atacar a cadela, ataca a minha neta? Graças a Deus ela ficou em casa”, afirma.

A neta, de cinco anos, ainda não sabe do ocorrido e, segundo os relatos, tem perguntado pela mascote. “Ainda não sabemos como contar, mas vai ser preciso”.

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Por nota, a prefeitura de Vila Velha informou que possui regras para o trânsito de animais de médio e grande porte e que foi informada do ocorrido através de sua equipe de Bem-Estar animal.

“É importante ressaltar que, qualquer canino de médio e grande porte, inclusive os animais de raças de guarda ou combate, devem transitar em vias públicas com maiores de 18 anos, com capacidade de realizar a contenção dos animais e, obrigatoriamente, devem ser submetidos a coleiras curtas, preferencialmente com capacidade de contenção e também devem estar vestidos com focinheira, ajustada para evitar agressões em pessoas e outros animais”, diz a nota.

A prefeitura também informa que animais agressores podem ser apreendidos, caso sejam encontrados em situações ilegais, e seus proprietários são responsáveis civil e criminalmente por quaisquer danos ocorridos a pessoas ou animais.

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