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Brasil vai criar bijupirás

Peixe brasileiro tem bom potencial de engorda: 6 quilos em até 12 meses. Já há laboratório de pesquisa da espécie

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Depois do resultado positivo das pesquisas do Projeto Bijupirá Brasil, uma parceria entre a Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca (Seap) e a empresa TWB, o setor de criação de peixes marinhos em cativeiro dá mais um passo importante. A Seap inaugurou, no mês passado, o Laboratório Nacional de Aqüicultura Marinha (Lanam), em Ilha Comprida, litoral sul de São Paulo. Agora, o setor espera pelas cessões de uso de água da União, para cultivo de peixes no mar, que o governo deve iniciar a partir deste mês. O objetivo é dar suporte à criação do bijupirá, peixe nativo do Brasil e conhecido internacionalmente como cobia. O bijupirá mostrou potencial para produção comercial. O peixe pode alcançar 6 quilos entre 10 e 12 meses, período considerado curto para o cultivo. Além do caráter científico, explica o gerente de Produção do projeto Bruno Dayrell, o laboratório também produzirá e fornecerá alevinos. "A idéia é a de que seja um centro de referência nacional na geração e transferência de tecnologia e de produção", diz. O laboratório tem capacidade para produzir 1 milhão de alevinos por ano, prontos para engorda, e 3 milhões de sementes (formas jovens) de moluscos, como vieiras e ostras. Com essa produção, o laboratório pode atender a mais de 60 jaulas oceânicas/ano. Construído numa área de 1.800 metros quadrados, o laboratório conta com uma estrutura de 4 tanques de 60 toneladas para maturação e reprodução dos alevinos, e mais 24 tanques, 12 de 25 toneladas e 12 de 12 toneladas, destinados para o cultivo de larvas. "O bijupirá pode ser para o Brasil o que o salmão é para o Chile", aposta o ministro da Pesca, Altemir Gregolin.

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