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Conferência nuclear ainda é dúvida apesar de confirmação do Irã

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Por FREDRIK DAHL
Atualização:

A realização de uma conferência internacional em dezembro sobre a criação de uma zona livre de armas nucleares no Oriente Médio ainda é uma dúvida, embora o Irã já tenha confirmado sua participação, disseram diplomatas ocidentais no domingo. Qualquer decisão de adiar ou até mesmo cancelar as negociações propostas para o próximo mês em Helsinki, para livrar a região volátil das armas de destruição em massa, provavelmente vai enfurecer os estados árabes empenhados em sua realização. Mas pode ser um alívio para Israel, que se supõe ser o único país com armas nucleares no Oriente Médio. O país ainda não confirmou a participação no evento programado para ocorrer na Finlândia. Jaakko Laajava, funcionário finlandês encarregado de organizar a conferência, disse em um comentário por e-mail que era vital que todos os países do Oriente Médio participassem. "Muitas questões sobre a reunião permanecem aberta. Uma meta fundamental é fazer com que todos os países da região participem da conferência", disse Laajava. Irã e os países árabes costumam dizer que o arsenal nuclear de Israel representa uma ameaça à paz e à segurança no Oriente Médio. Já o estado judeu e potências ocidentais vêem o Irã como a principal ameaça da região de proliferação nuclear. Um diplomata europeu disse que a conferência não tinha sido cancelada, mas que passa por uma "fase crítica" para sua confirmação. Outros enviados deixaram claro que ainda estavam em dúvida sobre as chances de que o encontro aconteça no próximo mês, mas não descartaram seu adiamento. A probabilidade de que Israel participe do evento antes de sua eleição em janeiro é pequena, eles disseram. Mesmo que seja realizada eventualmente, diplomatas ocidentais e outros esperam pouco progresso em breve devido às animosidades profundas na região. "As circunstâncias políticas que caracterizam o Oriente Médio tornar Zona Livre de Armas de Destruição em Massa Zona (WMDFZ, na sigla em inglês) improvável no futuro próximo", disse Pierre Goldschmidt, ex-inspetor-chefe nuclear da ONU. (Reportagem adicional de Jussi Rosendahl em Helsinki, Lou Charbonneau nas Nações Unidas, Dan Williams em Jerusalém, Luke Baker em Bruxelas; edição de Jason Webb)

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