Dulce Cardenuto, diretora superintendente da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo - a maior do Brasil - tem a missão de coordenar um espaço que une voluntariado, conhecimento em Saúde e trabalho social para ao menos 2,5 milhões de pessoas por ano. Sobre o hospital mais antigo da cidade de São Paulo, ela conversa com Antônio Penteado Mendonça.
"Há 460 anos, pessoas passaram a doar seu trabalho ou seus bens para manterem a assistência à Saúde e o atendimento às pessoas mais necessitadas", conta Dulce, sobre os primórdios da Santa Casa. A executiva conhece o interior do hospital há ao menos uma década, tendo atuado em alguns postos na Irmandade. Seu conhecimento a permite afirmar que, não fossem as dívidas herdadas de muitos anos de subfinanciamento, as operações do Hospital Central e das outras unidades da Santa Casa em São Paulo seriam saudáveis.
"Hoje, temos mais de mil leitos de uso exclusivo do Sistema Único de Saúde", afirma a diretora, que completa que qualquer pessoa que chega ao Pronto-Socorro recebe atendimento. O cenário inclusivo traz consigo desafios como a taxa mensal de recém-nascidos deixados na maternidade para que o hospital se encarregue de encaminhá-los a um "futuro melhor".
Além da atenção em Saúde, a Santa Casa também oferece residência a estudantes das três principais faculdades de Medicina de São Paulo e a própria é, também, um centro de formação de médicos, com a Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.
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