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Podcast 'No Ritmo da Vida': #41 Custos da Mudança Climática para os Seguros

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Mais de US$ 200 bilhões foram gastos, somente em 2023, com as destruições causadas por desastres climáticos ao redor do Mundo. No Brasil, na última década, foram R$ 300 bilhões. Dyogo Oliveira, ex-ministro do Planejamento e Orçamento e atual presidente da Confederação Nacional das Seguradoras, conversa com Antônio Penteado Mendonça sobre as demandas dos setores privado e público para lidar com o cenário.

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De acordo com o convidado, 93% dos municípios brasileiros já foram afetados por algum tipo de incidente climático e 70% dos sinistros ocorreram somente nos últimos três anos - o que demonstra uma aceleração rápida, com eventos mais frequentes e severos, e concentrados em determinadas regiões do País. O maior desafio é para os Executivos locais. "O Rio Grande do Sul, desde 2020, teve dois anos de seca, um de enchente e seca e, agora, outro de enchente. Isso, do ponto de vista da gestão, é bastante difícil de lidar; é muito difícil o estado se organizar", afirma Dyogo.

Para o presidente da CNSeg, as soluções que o Mundo está buscando neste momento, de alguma maneira, falam sobre "o compartilhamento do risco" entre iniciativas privadas e o Estado. "É preciso compreender, cada vez mais, a natureza do risco e ter a adoção de medidas de gerenciamento, através do uso da estrutura inerente ao setor de Seguros", diz. O entrevistado afirma que as operadoras poderiam atuar desde a prevenção, até a reparação e no investimentos para diminuir o tamanho das tragédias.

O ex-ministro de Planejamento e Orçamento considera que o Estado brasileiro tem muita dificuldade em operar em emergência, apesar de o povo brasileiro ser muito solidário. "Mas isso é feito de uma maneira pouco profissional, que acaba não tendo o resultado que poderia ter porque não é coordenado", completa. De acordo com Dyogo, igualmente urgente é a necessidade de consolidar o Seguro Rural no Brasil. "Em 2023, apenas 6% da área plantada tinha este seguro. Para um país eminentemente agrícola, é um risco muito grande a produção estar completamente desassistida", completa.

 
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