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Governo cria plano para enfrentar tráfico de pessoas

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O governo federal criou hoje, por decreto publicado no Diário Oficial da União, o Plano Nacional de Enfrentamento do Tráfico de Pessoas. Terceira atividade criminosa mais rentável no mundo, atrás apenas da corrupção e do tráfico de drogas, o tráfico de seres humanos movimenta no mundo cerca de U$ 7 bilhões e vitima cerca de 500 mil pessoas a cada ano. São em sua maior parte mulheres, inclusive menores de idade, aliciadas por redes internacionais de prostituição. A maior parte é originária do Leste Europeu e de países desgarrados da antiga União Soviética. Mas o Brasil, conforme dados do Ministério da Justiça, já desponta como um dos maiores supridores desse mercado. Cooptadas em capitais litorâneas do Nordeste, como Fortaleza e também em Goiânia, Rio e São Paulo, as brasileiras são levadas geralmente para casas de prostituição na Espanha, Portugal, Itália e Israel, onde têm o passaporte retido pelas máfias e passam a viver em condição análoga às de escravas. O plano tem por objetivo prevenir e reprimir o tráfico de pessoas, responsabilizar seus autores e garantir tratamento adequado às vítimas. As ações serão executadas em um prazo de dois anos e ficam sob coordenação do Ministério da Justiça, desencadeadas em parceria com instituições federais, estaduais e municipais. O plano é uma das prioridades do Programa Nacional de Segurança com Cidadania (Pronasci).

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