A Guiné deverá tomar uma decisão dentro de um mês sobre o futuro de uma joint venture de propriedade da BSG Resources e da mineradora Vale, depois de receber respostas do grupo sobre um contrato controverso, disse o líder do comitê de mineração nesta quinta-feira. O governo do país no oeste africano acusou a BSGR, o braço de mineração do conglomerado empresarial do bilionário israelense Beny Steinmetz, de subornar funcionários para fechar um acordo para explorar o gigante depósito de minério de ferro Simandou em 2008. Representantes da VBG, a joint venture entre BSGR e Vale, foram convocados por um comitê de revisão de licenças de mineração para responder perguntas sobre o negócio no mês passado. O comitê estabeleceu um prazo até janeiro para respostas adicionais. A BSGR negou enfaticamente e repetidamente as acusações de irregularidades e disse anteriormente acreditar que o procedimento do comitê é "fundamentalmente injusto". "A VBG tem respondido pontualmente a nossas perguntas", disse o presidente do comitê, Nava Toure, à Reuters. "Se o comitê considerar que os direitos foram adquiridos legalmente, a VBG pode prosseguir com suas atividades normais. Se considerar que houve realmente a corrupção, a pena poderá chegar até a extinção dos direitos", acrescentou. Toure disse que iria passar o seu relatório final para um comitê de estratégia criado para tomar a decisão final em algum momento entre o final de janeiro e meados de fevereiro. Nenhuma data definitiva foi marcada para a decisão final. Outra fonte familiarizada com o assunto deu o mesmo período de tempo. Uma fonte próxima à empresa confirmou que a BSGR tinha respondido ao comitê, transmitindo sua visão de que a comissão não conseguiu produzir provas para comprovar suas alegações. A Vale, que se tornou parceira da BSGR em Simandou em 2010, negou repetidamente envolvimento em qualquer evento que tenha levado à alocação da licença em 2008, semanas antes da morte do então presidente Lansana Conte. Desenvolver a parte norte de Simandou é uma prioridade para o país, que é um dos mais pobres na África, apesar da abundância de riquezas minerais. Além da concessão de Simandou, a BSGR também detém uma licença em área próxima de Zogota, no sul da Guiné. (Reportagem adicional de Silvia Antonioli em Londres)
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.
Notícias em alta | Brasil
Veja mais em brasil