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Honduras não pode acessar Direitos Especiais de Saque-FMI

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Por Redação

Honduras não poderá acessar os 255 milhões de dólares em recursos do Fundo Monetário Internacional (FMI) alocados para o país até que o governo interino do país seja reconhecido pela comunidade internacional, disse nesta terça-feira um porta-voz do FMI. Os recursos são parte dos Direitos Especiais de Saque (SDRs, na sigla em inglês), avaliados em 250 bilhões de dólares, destinados a cada um dos 186 países-membros, segundo um acordo firmado em abril pelo grupo das 20 nações formado pelos países mais industrializadas e em desenvolvimento. O objetivo do acordo é impulsionar a liquidez no combate à crise financeira global. Cada alocação de SDR é baseada na cota que o país tem no FMI, ou subscrição, e entra na conta das reservas internacionais dos países-membros. Para transformar as SDRs em moeda corrente, o país integrante do FMI deve chegar a um acordo com outra nação do organismo para comprar os Direitos Especiais de Saque. O porta-voz do FMI afirmou que os recursos serão contabilizados como parte das reservas internacionais de Honduras, mas não podem ser convertidos em moeda corrente. "No caso específico de Honduras, o presente regime no controle não pode usar as SDRs até que se decida se o Fundo reconhecerá esse regime como o governo de Honduras", disse o porta-voz. A comunidade internacional está pressionando os autores da expulsão do presidente Manuel Zelaya para que o reinstalem no cargo do qual foi deposto pelo exército em 28 de junho. Zelaya foi forçado a sair após ter irritado o Judiciário, o Congresso e o Exército do país ao propor mudanças na Constituição que permitiriam que ele ficasse mais tempo no poder que o limite de quatro anos. O Congresso de Honduras nomeou Roberto Micheletti como presidente interino e a Suprema Corte hondurenha afirmou ter ordenado que o exército depusesse Zelaya. (Reportagem de Lesley Wroughton)

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