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Maior objetivo do corte no Orçamento é fiscal, diz Mantega

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Por Redação
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O principal objetivo do governo com o corte de 50 bilhões de reais no Orçamento da União de 2011 é fiscal e não a inflação, disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao detalhar as medidas. "O que estamos fazendo não é prioritariamente visando a inflação", disse o ministro a jornalistas ao detalhar como os cortes serão distribuídos entre os ministérios. O anúncio dos detalhes dos cortes do Orçamento vêm em meio a um conjunto de medidas do governo para tentar frear o ritmo de expansão da economia. De acordo com Mantega, o PIB brasileiro cresceu em torno de 7,5 por cento em 2010 --o número oficial será divulgado na quinta-feira. O ministro admitiu que o objetivo dos cortes é conduzir a economia a um "patamar mais sustentável de crescimento", em torno de 5 por cento, mas negou que elas representem uma mudança na política econômica do governo. Em dezembro, o Banco Central tomou medidas macroprudenciais para conter a expansão do crédito. Em janeiro, deu início a um ciclo de elevação da Selic, com alta de 0,5 ponto. Na quarta-feira, o colegiado do BC deve anunciar novo aumento de 0,5 ponto, segundo previsões da maior parte dos analistas. MAIORES CORTES Entre as pastas que mais contribuirão para a economia desejada estão o Ministério das Cidades (8,6 bilhões de reais), o Ministério da Defesa (4,4 bilhões de reais) e o Ministério do Turismo (3 bilhões de reais). A compra dos caças para a Força Aérea Brasileira, sob o guarda-chuva do Ministério da Defesa, não está prevista no Orçamento deste ano. No caso do Ministério das Cidades, o mais atingido pela economia, o montante reflete também ajustes para menos no previsto inicialmente para o Minha Casa Minha Vida em 2011. Ainda assim, o programa terá este ano 1 bilhão a mais em recursos do que em 2010. Novas contratações relacionadas a aluguel, aquisição e reforma de imóveis estão suspensos. Além disso, concursos públicos foram adiados e será feita uma revisão de novas admissões. (Reportagem de Isabel Versiani e Alonso Soto; texto de Aluísio Alves; edição de Alexandre Caverni)

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