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SP terá barreiras sanitárias virtuais

Trânsito de animais e de material vegetal será monitorado com uso[br]intensivo de ferramentas de informática

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Foto do author José Maria Tomazela

O Estado de São Paulo adotará um novo sistema de defesa agropecuária. Conforme o secretário de Agricultura, João de Almeida Sampaio, será um modelo baseado na eficiência dos sistemas de inteligência, com uso intensivo de ferramentas de informática e de controle eletrônico, por meio de barreiras sanitárias virtuais. ''Para termos um sistema que garanta o alimento seguro da produção à mesa do consumidor vamos trabalhar mais na análise de risco do que na fiscalização e na coerção.'' Sampaio anunciou a contratação de cerca de 300 funcionários, entre veterinários, engenheiros agrônomos e outros técnicos, já concursados para reduzir a defasagem nos quadros. Produtores e representantes dos agentes sanitários criticaram a falta de estrutura da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), órgão estadual responsável pela sanidade animal e vegetal. A principal queixa é a falta de técnicos, como agrônomos e veterinários, o que teria obrigado a secretaria a repassar aos funcionários de outros setores serviços como a emissão de Guias de Trânsito Animal (GTA). ''IMPROVISAÇÃO'' Conforme o presidente do Sindicato dos Servidores da Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo (Sindifesa), Rui Marcos Lopes Correa, a busca para amenizar a situação do sucatamento da defesa agropecuária pode sair caro. ''Em vez de chamar técnicos aprovados em concurso, improvisa-se para garantir a emissão meramente burocrática de um documento que deveria se ater a um rigoroso critério técnico.'' Ele diz que ''apenas a abnegação dos servidores, apesar dos baixos salários e das péssimas condições de trabalho, impediram que a aftosa atingisse a agropecuária paulista''. Para o sindicalista, as contratações só amenizam o problema. ''Mesmo com as novas vagas, o atual quadro ainda é de um terço do necessário.'' Sampaio explica que a legislação não exige que a GTA seja emitida por veterinários ou agentes da CDA. ''A instrução normativa do Ministério da Agricultura estabelece que a emissão seja feita por funcionário público'', diz. ''Cabe ao Estado prover esse serviço para o sistema produtivo com agilidade e da melhor forma possível, conforme a lei.'' E acrescenta: ''A reclamação (do sindicato) me parece corporativista.'' INFORMATIZAÇÃO Conforme Sampaio, uma das metas para este semestre é concluir a informatização da emissão de guias de transporte animal e vegetal. O controle eletrônico será feito de forma integrada com Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Paraná, que têm grande intercâmbio de animais e de produção vegetal com São Paulo. Os dois últimos - Mato Grosso do Sul e Paraná - tiveram ocorrências de aftosa há cerca de dois anos. ''Se uma GTA é emitida em Mato Grosso do Sul com destino a São Paulo, a nossa defesa vai saber para onde vão os animais e quais as suas condições.''

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