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Pintura de Raoul Dufy precisou passar por perícia antes de entrar no acervo do MAM-SP

O museu é a segunda instituição brasileira a possuir uma obra do francês em seu acervo

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Foto do author Alice Ferraz
Atualização:
Vaso de Anêmonas (1937), do artista Raoul Dufy, passou por um rigoroso processo de autenticação. Foto: Ding Musa

A mais recente aquisição do MAM, Vaso de Anêmonas (1937), do artista francês Raoul Dufy, passou por um rigoroso processo de autenticação antes de ser incorporada ao acervo da instituição. O motivo foi a ausência de documentação de procedência.

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A autenticação foi conduzida pelos peritos Gustavo Raul Perino (Givoa Art Consulting) e Anauene Dias Soares (Anauene Art Law & Expertise), em um processo que incluiu análises estilísticas, materiais e documentais. Foram considerados fatores como traços, inclinação e pressão da pincelada, característicos da produção de Dufy.

A pesquisa contou também com a historiadora francesa Mathilde Desvages, que realizou estudos em Paris e identificou a obra na versão física do catalogue raisonné da obra gráfica de Dufy, ausente na versão digital do catálogo. “Realizar um processo de peritagem em um museu brasileiro é um marco importante para a instituição e para o campo da museologia no país. Isso demonstra o compromisso do MAM com a pesquisa e a transparência na gestão de seu acervo, reforçando a importância da comprovação de autoria para a história da arte e para a segurança patrimonial”, afirma Cauê Alves, curador-chefe do MAM São Paulo.

Além disso, pesquisadores e especialistas na obra de Raoul Dufy na França, bem como restauradores de arte, também foram consultados.

Com essa aquisição, o MAM São Paulo torna-se a segunda instituição brasileira a possuir uma obra de Dufy em seu acervo, ao lado do Museu de Arte Contemporânea da USP. A obra está em exibição na mostra MAM São Paulo: encontros entre o moderno e o contemporâneo, no Centro Cultural Fiesp.

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