Colunista do NY Times Anthony Lewis morre aos 85

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Por Redação
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Anthony Lewis, defensor e crítico do sistema judicial norte-americano e dos direitos da imprensa em uma carreira no jornal que abarca mais de 50 anos, morreu em sua casa em Cambridge, Massachusetts, na segunda-feira. Ele tinha 85 anos. Repórter aposentado do New York Times e colunista que venceu duas vezes o prêmio Pulitzer, Lewis morreu de complicações de insuficiência cardíaca e renal, disse sua filha Mia Lewis. Ele tinha sido diagnosticado com o Mal de Parkinson. Ele entrou para o Times em 1948 e, com a exceção de três anos em um jornal em Washington, passou toda a sua carreira no jornal, servindo como chefe do escritório de Londres e escrevendo as colunas "Abroad at Home" e "At Home Abroad" por mais de três décadas. Ele se aposentou em 2001. Durante seus anos como colunista, Lewis se desentendeu com vários amigos e colegas por suas posições, que incluíram criticar as relações de Israel com os territórios palestinos e questionar quanta liberdade a Primeira Emenda da Constituição dos EUA dava à imprensa norte-americana para proteger fontes anônimas. Suas opiniões sobre a Primeira Emenda, embora às vezes impopulares com os colegas, cresceram a partir do respeito que o repórter nascido no Bronx, em Nova York, desenvolveu pelo judiciário enquanto cobria a Suprema Corte dos EUA sob o juiz Earl Warren nos anos 1960, lembrou um ex-colega. "Em seus últimos anos, ele se virou um pouco contra a imprensa, que ele adorava. Mas ele discordava daqueles que achavam que não podíamos confiar nos tribunais para defender nossa liberdade", disse Max Frankel, que trabalhou lado a lado com Lewis na redação do Times em Washington no início de sua carreira e subiu até se tornar editor-executivo do jornal antes de se aposentar, em 1995. (Reportagem de Scott Malone em Boston)

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