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Agatha Christie: Curiosidades e mistérios sobre a Rainha do Crime desvendados em seu aniversário

Autora celebrada ao redor do mundo nasceu em 15 de setembro de 1890

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Por Julia Sabbaga
Atualização:
Agatha Christie nasceu em 15 de setembro de 1890 e teve uma vida marcada por sucessos literários Foto: Reprodução/BritBox/BBC Studios

Agatha Christie (1890-1976), também conhecida como a Rainha do Crime, é a maior vendedora de ficção de todos os tempos, de acordo com o Guinness World Records. Conhecida por histórias clássicas como Assassinato no Expresso Oriente ou Morte no Nilo, a escritora tinha uma habilidade única de criar personagens carismáticos e relacionáveis: ao contrário de Arthur Conan Doyle, criador de Sherlock Holmes, Agatha insistia em criar seres humanos mais comuns para liderar seus mistérios - o que, para ela, encorajava o leitor a solucionar o caso junto com eles. Em seu aniversário, confira algumas curiosades sobre a vida da Rainha do Crime:

Está no livro dos recordes - mais de uma vez

A Guinness lista a Rainha do Crime como a maior vendedora de ficção, com mais de dois bilhões de livros vendidos. Além disso, Christie tem um segundo recorde para chamar de seu: sua peça A Ratoeira, que estreou em 1952 no West End, em Londres, é a peça que ficou em cartaz por mais tempo na história do teatro. Ela foi apresentada de 1952 até 2020 (quando teve que ser interrompida pela pandemia de covid-19), e retornou aos palcos em 2021. Até hoje, foram aproximadamente 30 mil performances.

A autora mais traduzida

Agatha foi, também, nomeada pela UNESCO como a autora mais traduzida ao redor do mundo. Seus livros, escritos em inglês, já foram traduzidos para 103 idiomas. Como ela escreveu mais de 65 livros e publicou 14 coleções de contos, por toda sua obra, foram mais de 7200 traduções feitas.

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Foi rejeitada diversas vezes

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É difícil de imaginar, mas a autora mais vendida de todos os tempos chegou a ser recusada algumas vezes antes de conseguir publicar seu primeiro livro: na realidade, seis vezes.

O Misterioso Caso de Styles, que viria a ser o seu primeiro livro, começou a ser escrito como uma espécie de resposta a um desafio feito pela sua irmã Madge, que apostou que ela não conseguiria escrever uma boa história de detetive. Ele foi rejeitado por seis editoras até que a The Bodley Head finalmente aceitou publicar, mas não sem antes pedir alguns ajustes na história e em seu final.

Foram quatro anos de trabalho na obra para que Agatha Christie finalmente se tornasse uma escritora publicada. E com a publicação, Poirot começou o caminho que o levaria a ser um dos principais detetives da literatura mundial.

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Agatha Christie foi rejeitada por seis editoras até conseguir publicar o seu primeiro livro, O Misterioso Caso de Styles Foto: Acervo Pedro Corrêa do Lago

Levou a experiência da guerra para suas obras

Agatha Christie prestou serviço durante as duas Guerras Mundiais, como voluntária em diferentes hospitais e universidades pela Inglaterra. Foi durante este serviço que ela adquirou um conhecimento extenso sobre venenos, que acabariam tendo uma influência notável em suas histórias.

Em uma entrevista em 1970, ela explicou sua preferência pelas substâncias letais: “Eu não gosto de mortes bagunçadas. Estou mais interessada em pessoas que morrem pacificamente em suas próprias camas e ninguém sabe o motivo”.

Ela desapareceu por 11 dias

Um dos fatos mais peculiares de Agatha Christie é que, honrando seu gênero literário do mistério, ela própria desapareceu por 11 dias durante o ano de 1926. O escândalo não foi pouco: parou na primeira página do The New York Times e Arthur Conan Doyle supostamente contratou uma médium para encontrar a autora.

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Ela foi eventualmente encontrada, depois de 10 dias de busca, hospedada em um hotel, e alegou não ter nenhuma memória do que havia acontecido. Seu biógrafos se dividem ao opinar sobre o caso: como aconteceu logo depois de ser informada por seu marido que ele queria um divórcio, parte acredita que a escritora quis constrangê-lo, e não esperava tamanha comoção com seu desaparecimento. Outros simplesmente acham que ela teve um ataque de nervos. A sua própria autobiografia simplesmente não menciona o ocorrido.

As alterações para os novos tempos

Em 2023, a sua editora HarperCollins passou a adaptar os livros de Agatha Christie para “sensibilidades modernas”. Uma comissão de “leitores sensíveis” revisou as obras para garantir que “insultos ou referências étnicas” fossem removidos, bem como as descrições físicas de alguns dos personagens. Vários comentários sobre os dentes e o físico das pessoas, principalmente nos casos em que os protagonistas das novelas conhecem pessoas fora do Reino Unido, foram deletados.

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