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Chanel volta às passarelas em desfile 'figital', com público reduzido

No último dia da Semana da Moda, o evento incorporou medidas sanitárias impostas pela covid-19 e referência à criadora da grife

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Por AFP
Atualização:

Chanel retomou, nesta terça-feira, 6, em Paris, seus desfiles chamativos, recriando o famoso letreiro gigantesco de Hollywood com o nome da marca, uma forma de celebrar sua relação com o cinema e com as atrizes que veste há quase um século.

No último dia da Semana da Moda "figital", que combinou o físico com o digital, a marca francesa incorporou as medidas sanitárias impostas pela epidemia de covid-19 —público reduzido, uso de máscara, evento curto—, mas não desistiu de chamar a atenção visualmente, como era costume do estilista Karl Lagerfeld, que faleceu em fevereiro de 2019.

No último dia da Semana da Moda, o evento incorporou medidas sanitárias impostas pela covid-19 e referência à criadora da grife Foto: EFE/EPA/STRINGER

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Sob o imponente teto de vidro do museu Grand Palais, as letras da Chanel, com vários metros de altura, brilharam com lâmpadas acesas, em alusão ao painel de Hollywood.

Aos seus pés, as modelos apresentaram uma coleção de prêt-à-porter em referência às atrizes que a fundadora da marca, Coco Chanel, começou a vestir nos anos 1930, dentro e fora das telas.

Esta coleção, que pretende ser "alegre, colorida e viva" se inspira "nas musas da marca", acrescentou a estilista francesa, lembrando que tanto Gabrielle Chanel como Lagerfeld contaram com muitas divas do cinema entre seus clientes, de Greta Garbo e Katharine Hepburn até Keira Knightley e Margot Robbie.

 

Curvas

Assim como as outras marcas que decidiram desfilar nesta Semana da Moda, Chanel restringiu drasticamente o número de espectadores. Também cancelou a presença de atrizes, influencers e outras celebridades que costumam viajar para Paris para este evento importante da indústria da moda, assim como as modelos com que normalmente trabalha, como as irmãs Gigi e Bella Hadid e Kaia Gerber.

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Por outro lado, contou com a participação de Jill Kortleve, uma modelo de 26 anos nascida na Holanda que desfila nas passarelas reivindicando suas curvas, a fim de promover uma mudança na moda.

Junto aos ternos de tweed pretos, sobressaem os vestidos fluidos e as camisas estampadas com as letras da Chanel, como se fossem neon, assim como as peças assimétricas ou bimateriais.

Uma saia preta leva em letras brancas o nome de Gabrielle Chanel, protagonista de uma primeira retrospectiva em Paris que homenageia os códigos que a estilista trouxe para a moda feminina: liberdade, elegância, naturalidade e conforto.

O programa da Semana da Moda, a primeira "figital" da história, terminará nesta terça-feira com o desfile da Louis Vuitton. A próxima, de roupas masculinas, está prevista para janeiro de 2021 e, por enquanto, é impossível antecipar se a situação de saúde permitirá retomar os desfiles físicos com normalidade.

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