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Ações europeias recuam com fim de alívio por resgate do Chipre

Ministro das Finanças holandês teria dito que o acordo nos moldes do realizado no Chipre pode servir como um novo modelo para a região, o que preocupou investidores

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Por Redação
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LONDRES - As ações europeias caíram nesta segunda-feira, lideradas pelos papéis do setor financeiro, à medida que o alívio com o resgate do Chipre foi dissipado após o ministro das Finanças holandês dizer que o acordo pode servir como um novo modelo para a região. Posteriormente, uma porta-voz de Dijsselbloem afirmou que sua fala foi mal interpretada.

Também pressionaram os mercados rumores de que o rating da Itália está para ser rebaixado pela Moody's. A agência de classificação de risco se recusou a fazer comentários a respeito. O índice das principais ações europeias FTSEurofirst 300 encerrou em queda de 0,3%, a 1.186 pontos, depois de ter avançado 1% mais cedo, enquanto o índice de blue chips da zona do euro Euro STOXX 50 caiu 1,2%, para 2.649 pontos. O ministro das Finanças da Holanda, Jeroen Dijsselbloem, que preside o grupo de ministros das Finanças da zona do euro chamado Eurogrupo, disse à Reuters e ao Financial Times que o resgate do Chipre representa um novo modelo para resolver problemas bancários da zona do euro e que outros países podem ter que reestruturar seus setores bancários. Depois da declaração, uma porta-voz de Dijsselbloem afirmou que sua fala foi mal interpretada, mas os mercados não resistiram. Isso levantou temores de que outros países endividados com problemas bancários podem enfrentar medidas punitivas similares às aplicadas ao Chipre, que aceitou fechar seu segundo maior banco e aplicar grandes perdas a grandes depositantes. "A ação tomada estabelece um precedente perigoso. Eu acho que ainda há uma pequena sensação de desconforto", afirmou o diretor associado do Berkeley Futures Richard Griffiths. Em Londres, o índice Financial Times caiu 0,22%, a 6.378 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX recuou 0,51%, para 7.870 pontos. Em Paris, o índice CAC-40 perdeu 1,12%, a 3.727 pontos. Em Milão, o índice Ftse/Mib cedeu 2,50%, para 15.644 pontos. Em Madri, o índice Ibex-35 teve queda de 2,27%, a 8.140 pontos. Em Lisboa, o índice PSI20 retrocedeu 1,19%, para 6.023 pontos. (Reportagem de Sudip Kar-Gupta)

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