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Brasil tenta atrair investimento do país

Fundos institucionais chineses têm US$ 80 bi para aplicar no exterior

Por Cláudia Trevisan e PEQUIM
Atualização:

A atração de investimentos chineses para o mercado de capitais entrou na agenda do governo brasileiro, de olho nos quase US$ 80 bilhões que os fundos institucionais têm para aplicar no exterior e nos US$ 2 trilhões de reservas internacionais da China. O assunto foi tema de seminário realizado em Xangai na segunda-feira e foi mencionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no discurso de encerramento do encontro empresarial promovido ontem em Pequim pelo Banco de Desenvolvimento da China. Lula afirmou que o Brasil gostaria de ver investimentos chineses no mercado de capitais e ressaltou que os governos dos dois países vão trabalhar para que essas operações sejam possíveis. "O mercado de títulos da dívida brasileira é totalmente aberto para os investidores estrangeiros. Há também crescente mercado para investimentos em títulos privados e ações", observou. O cônsul brasileiro em Xangai, embaixador Marcos Caramuru, ressaltou que o Brasil depende de recursos externos para cobrir a diferença entre suas taxas de poupança e de investimentos. No ano passado, elas foram respectivamente de 16% e 19% do Produto Interno Bruto (PIB), e essa diferença de 3 pontos percentuais foi coberta com recursos externos. "Onde está a liquidez no mundo? Na China", lembrou Caramuru. Segundo ele, o seminário de Xangai teve a participação de representantes de fundos de investimentos e de organismos reguladores chineses, que fizeram várias perguntas sobre as condições de aplicação no mercado de capitais brasileiro.

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