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Bastidores do mundo dos negócios

Fábrica de madeira plástica dobrará produção com R$ 24,5 milhões do BNDES

Material reciclado é usado em móveis, na construção civil e em propriedades rurais

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Por Karla Spotorno (Broadcast)
Exemplo de uso da madeira plástica fabricada pela empresa Foto: div

Uma indústria da pequena União da Vitória, no Paraná, vai dobrar a capacidade de produção para 2 mil toneladas mensais de “madeira plástica”. O material feito a partir de plásticos reciclados - polietileno (PE) e polipropileno (PP) - abastece a indústria moveleira, construção civil e também o campo, onde serve para a fabricação de porteiras e cercas, por exemplo.

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A expansão da Madeira Plástica Ambiental S/A será financiada por um empréstimo de R$ 24,5 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Mais da metade (R$ 12,6 milhões) dos recursos virão do Fundo Clima e pagará taxa fixa de juros de 3% ao ano. O restante virá de linha de financiamento do BNDES, com taxa de juros de mercado. Nos dois casos, o contrato de financiamento prevê o pagamento de juros de 1,1% ao ano a título de remuneração ao BNDES. O prazo é de dez anos.

A empresa vende para 370 revendas no Brasil e exporta para Argentina, Paraguai, Uruguai, Colômbia, Chile e Estados Unidos, onde tem um escritório. Além de a madeira plástica ser 100% produzida a partir de plástico reciclado, o processo conta com logística reversa, realiza a reciclagem e a venda de outros materiais que chegam à fábrica misturados ao PP e ao PE, como fibra de papel e metais. Os resíduos são fornecidos por 23 recicladoras de papel localizadas em até 150 quilômetros da fábrica, segundo a companhia.

Economia circular

Segundo o BNDES, a expansão da Madeira Plástica está enquadrada na modalidade Resíduos Sólidos do Fundo Clima, que prevê investimentos aderentes à chamada economia circular. “O Fundo Clima é uma importante ferramenta para o financiamento da neoindustrialização verde no Brasil, com foco no fortalecimento do setor produtivo nacional em linha com a transição ecológica”, afirmou em nota Aloizio Mercadante, presidente do BNDES.

O banco pontua também que o projeto está alinhado ao Plano Nacional de Resíduos Sólidos por conta da reciclagem de resíduos industriais e reintrodução dos insumos ao processo industrial.

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Este texto foi publicado no Broadcast no dia 19/04/24, às 18h29

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