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Bastidores do mundo dos negócios

Sem IPO, Datora reorganiza a casa e acelera aportes em internet móvel

Companhia deve concluir aquisição em breve e vai investir R$ 30 milhões para ampliar operações de conectividade

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Por Circe Bonatelli (Broadcast)
Tomas Fuchs, da Datora: Seguramos planos, mas continuamos investindo em infraestrutura e atendimento Foto: Izilda França/Divulgação

Após suspender a abertura de capital em bolsa (IPO, na sigla em inglês) no fim de 2021 - quando muitas empresas tiveram que abortar o mesmo plano na virada da maré do mercado financeiro -, a operadora virtual Datora reorganizou a casa e agora se vê pronta para acelerar novamente os novos projetos.

A companhia investirá R$ 30 milhões em 2023 para reforçar e ampliar suas operações de conectividade. Trata-se de uma recuperação dos investimentos perante os anos anteriores. Foram R$ 19 milhões em 2021 e R$ 12 milhões em 2022. Para este ano, há também uma aquisição a ser concluída em breve e que está fora da conta dos R$ 30 milhões previstos. A fonte para os desembolsos será a geração própria de caixa e as linhas de financiamentos com subsídios para o setor de inovação (sua alavancagem medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda está abaixo de 1 vez).

Internet das coisas e expansão

O objetivo de captar os recursos em Bolsa lá trás era partir para uma consolidação do mercado de internet das coisas e expansão das operações na América Latina. O grupo é uma multinacional brasileira, com sede em Nova Lima (MG) e atuação na Espanha, Estados Unidos, Guatemala, Argentina, Colômbia, França, Suécia e Israel. “Seguramos os planos, não conseguimos fazer algumas coisas que queríamos na época, mas continuamos investindo em infraestrutura e atendimento. Não houve aquisição no passado, mas agora temos uma que está para sair”, afirma à Coluna o presidente da companhia, Tomas Fuchs.

Empresa oferece serviço a partir de rede da TIM

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A empresa atua como uma operadora móvel de rede virtual (MVNO, na sigla em inglês), que oferece serviços de conectividade a partir de uma rede de terceiro. No caso, a TIM. Para este ano, os investimentos estarão concentrados na preparação das suas plataformas para passar a rodar com a internet móvel de quinta geração (5G), o que tem potencial para abrir mais oportunidades de negócios, relata Fuchs.

O grupo conta com a marca Datora, que habilita outras empresas a fornecerem internet móvel. Os maiores clientes aí são os provedores de internet fixa que querem oferecer combos completos aos consumidores finais. O outro braço do grupo é a Arqia, voltada para serviços de internet das coisas (conexão entre máquinas) e que atende seguradoras, empresas de vigilância e fazendas, entre outros.

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É na parte de internet das coisas que está o maior potencial de novos negócios, segundo Fuchs. Isso porque o 5G oferecerá maior velocidade de tráfego de dados e menor tempo de resposta entre equipamentos, o que vai acelerar a automatização das operações corporativas. Aliás, a aquisição que está prestes a ser concluída envolve justamente uma empresa do ramo de internet das coisas.

Esta coluna foi publicada no Broadcast no dia 28/03/2023, às 13h25

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