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Notícias do mundo do agronegócio

Sob nova gestão, Piracanjuba planeja dobrar de tamanho em seis anos com novos negócios

Marca de Goiás quer se consolidar entre os três maiores players de lácteos do Brasil

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Por Coluna Broadcast Agro
Atualização:

A Piracanjuba, principal marca dos Laticínios Bela Vista, de Goiás, quer se consolidar entre os três maiores players de lácteos do Brasil. O plano passa pela reestruturação na gestão da empresa. Luiz Cláudio Lorenzo assumiu a presidência em janeiro com a meta de dobrá-la de tamanho. Para isso, a marca pretende ser protagonista na consolidação do setor, que o executivo considera fragmentado.

“Hoje nenhuma empresa tem muito mais que 10% do leite processado no País. As margens são baixas, o que exige muita eficiência”, diz. Para avançar, a Piracanjuba estuda fusões e aquisições. A fabricante detém 7% do mercado, com capacidade de processar 6 milhões de litros de leite por dia. Em 2023, o Laticínios Bela Vista obteve receita líquida de R$ 8,5 bilhões.

Piracanjuba: fábrica de queijos está sendo construída no Paraná, com aporte de R$ 80 milhões.  Foto: Daniel Teixeira/ESTADÃO

Investimento estratégico para expansão

A meta da Piracanjuba é crescer 10% em receita neste ano, acima dos 8% de 2023. Lorenzo avalia o desempenho como “bom” diante dos preços mais baixos do leite. Uma fábrica de queijos está sendo construída em São Jorge d’Oeste (PR), com aporte de R$ 80 milhões, e deve operar em 2025.

Diversificação ajuda no ganho de mercado

Para crescer, a Piracanjuba vai ampliar o portfólio. A ideia é oferecer produtos mais saudáveis – com alto teor de proteína – e mais itens ligados à alimentação infantil. Também voltará a apostar no marketing. A reestruturação da empresa incluiu a abertura de uma diretoria voltada para a área.

Menos mal

Repetir o ano é a meta da Lar Cooperativa Agroindustrial, de Medianeira (PR), para resultados em 2024. Com os preços mais baixos dos grãos e das carnes, a Lar prevê alcançar o faturamento de R$ 22 bilhões, ante R$ 21,8 bilhões obtidos em 2023, quando cresceu 3,5%. Irineo Rodrigues, diretor presidente, diz que o cenário é desafiador. Neste ano, a cooperativa investirá R$ 514 milhões em suas operações, incluindo uma nova unidade de recebimento de grãos em Mato Grosso do Sul.

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Agricultura digital

A Bayer encerrou 2023 com mais de 28 milhões de hectares monitorados pela plataforma Climate FieldView no Brasil, 11% mais que no ano anterior. Alexandre Pimenta, líder da plataforma na América Latina, diz que o sistema cobre quase 40% da área de soja, milho e algodão do País. O Brasil é o segundo maior mercado da plataforma, atrás apenas dos Estados Unidos.

Conexão

O sistema converte dados de campo coletados por máquinas de diferentes marcas e gera um histórico de safra com relatórios e prescrições de recomendações técnicas. A partir de 2024/25, uma versão para usuários do sistema Android estará disponível – hoje é restrita ao IOS, da Apple. Em 2022, a Bayer investiu 2,8 bilhões de euros em pesquisa e desenvolvimento no mundo. Os dados de 2023 serão conhecidos em março.

Abre-alas

A Mills, de locação de máquinas e equipamentos, vê potencial para aumentar em dois anos sua participação no agronegócio, de 10% para 15% do faturamento. Eduardo Lema, diretor de máquinas pesadas, diz que a aposta é em motoniveladoras para preparação de solo e de estradas, e também em equipamentos usados no pós-colheita, como retroescavadeiras e caminhões para transporte de cana-de-açúcar e de grãos. O projeto agro da Mills começou em 2022, quando a empresa adquiriu a Triengel, também do setor de locação de equipamentos.

Capilariza

As soluções da Mills para o agro estão concentradas hoje em São Paulo, mas a empresa estuda operações também em Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraná, Tocantins e Bahia, onde já atende a outros segmentos. São 59 filiais em todo Brasil, com a maior parte da receita líquida vinda da indústria de construção. No terceiro trimestre de 2023, a companhia teve faturamento bruto de R$ 396 milhões, 22,1% acima do mesmo período de 2022.

Giro

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Setor cafeeiro é o primeiro a atender regras europeias

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A cadeia produtiva do café é o segmento agropecuário brasileiro mais adaptado à nova lei ambiental da União Europeia, que exige desmatamento zero para os produtos importados pelo bloco. A constatação foi feita pelo Instituto Internacional para Sustentabilidade (IIS). Já a pecuária apresenta o maior desafio para a adesão, segundo o indicador.

Vem aí

Ampliação do mercado egípcio no radar da indústria

O governo espera que a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Egito nesta semana resulte em novas oportunidades para os exportadores de carnes. A expectativa é de que o país africano aceite um acordo que prevê que o Brasil avalize os frigoríficos a serem habilitados a vender aos egípcios./ LEANDRO SILVEIRA, ISADORA DUARTE, VINICIUS GALERA, AUDRYN KAROLYNE e CÉLIA FROUFE

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